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A ponte das Agras do Norte

O meu pai escreveu a propósito da Ponte das Agras do Norte e eu comentei assim, inicialmente:

Eu cá andei um bocadinho a leste de tudo até ter visto com os meus próprios olhos a coisa.
Quando vi, pus-me a pensar como é que a obra não foi parada simplesmente por quem lá estava a trabalhar.
O trolha mais bronco da região é suficientemente lúcido para perceber que havia algo de muito errado aqui.
A conclusão da obra é, em si, um sinal da “mentalidade portuguesa” que se está “nas tintas”.
O apuramento de responsabilidades é fundamental, a correcção da situação urgente.
Mas ter-se feito, ser possível fazer é sinal evidente duma crescente desorientação nacional que nos faz a todos “andar por aí por ver andar os outros”.

A obra é tão ridícula (quase grotesca) que só como “land art” se poderia justificar. Uma nota cómica para não se perder tudo em azedumes…

Depois, fui à procura duma imagem da dita ponte, para a mostrar às gentes do NADA e lembrei-me de outras utilizações para esta estrutura “radical”.

Aveiro não tinha grande história nas intervenções Land Art, mas isso acabou: com a intervenção radical e partilhada da REFER e da Câmara Municipal de Aveiro nas Agras do Norte, passamos a ter um símbolo maior desse movimento artístico que é, simultaneamente, um monumento à estupidez e ao absurdo.

Outra interpretação é que os responsáveis começaram a ver o “Tony Hawk’s Gigantic Skatepark Tour” que agora dá na “ESPN Classic Sport” e perceberam que não havia na região nenhuma estrutura digna de ser experimentada por um gigante mundial do skate.
Esta segunda intervenção prevê a construção dum segundo viaduto do lado oposto da rotunda.

Mas… só visto:


Uma fotografia publicada no “Jornal de Notícias”, rodada por mim para dar uma ideia mais fiel da “radicalidade” da proposta “artística”.

Tantas possibilidades, tão pouco tempo…


Com um bocadinho de imaginação, Aveiro “rula”!!

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