Em jeito de declaração final, a candidatura do Bloco de Esquerda fez publicar o seguinte:
Usando na lapela um rótulo da esquerda, em poucos anos, Alberto Souto passou de figurante a figura da política até ser o que hoje é: um figurão da baixa política capaz de escrever “o que me interessa agora é trabalhar para esvaziarmos o Bloco e fazermos perceber que o Élio é um vazio”.
Raramente os partidos entram por esta porta estreita. Toda a gente sabe que é próprio da tirania cavar trincheiras assim, cavar o vazio à volta, matar a oposição mesmo sabendo que ela é o povo a falar. Que acções é que faz alguém (com poder como Alberto Souto) para fazer “vingar” o que lhe interessa? De cada vez que lemos o que Aberto Souto escreve e promete, o que perguntamos é: Acham melhor deixar a direita a governar com o apoio da esquerda? De tanto ler paleio antidemocrático escrito pelo punho de Alberto Souto, fomos confirmando que nada de esquerda pode existir no desejo de poder absoluto de Alberto Souto. No artigo de ontem publicado no Diário de Aveiro, Alberto Souto insiste em mostrar-se tal como é. E não é de esquerda coisa nenhuma.
O mandato do Bloco de Esquerda vai ser. O mandato do Bloco de Esquerda é um mandato para o futuro.
Depois de ouvirmos e lermos o que Alberto Souto do Partido Socialista disse e escreveu sobre o Bloco e sobre as oposições no passado, é que compreendemos como pode ser importante a intervenção cívica no poder de cidadãos não presos ao passado. Sem depender profissionalmente dos partidos no poder nem do exercício de qualquer cargo político, os candidatos do Bloco constituem a única ameaça real aos político-dependentes menos sérios e viciados em poder absoluto.
Parece-nos hoje que o poder autárquico foi exercido por e para pessoas que negoceiam lugares no centro do poder, mas também nas franjas onde caem as migalhas e os ossos da mesa grande. De certo modo, ser poderoso tornou-se a motivação, uma razão para as candidaturas. Não é normal pensar assim, tanto mais que os interesses em disputa na coisa pública deixam de ser os interesses legítimos das populações para passarem a ser os interesses que garantem o poder económico e a manutenção da situação de poder criada.
Os candidatos do Bloco de Esquerda não querem ser poderosos por si. Mas tornarão poderosas as populações do município, cujos interesses defenderão no executivo e na assembleia municipal, tanto quanto a sua competência o permitir e sem qualquer inibição resultante de acordos e negócios. Da crítica e da denúncia, só ficarão por dizer as palavras que não tenham o peso do conhecimento. Consciência, educação e decência cívicas nortearão os autarcas do Bloco no estudo e apresentação de problemas dos munícipes e de propostas para e do executivo, tanto na câmara como na assembleia.
Assumimos as nossas responsabilidades a nível local, como assumimos a nível regional e nacional. Mas os nossos interesses, nesta candidatura, como todos podem comprovar facilmente prendem-se exclusivamente com o município. Nenhum candidato do Bloco tem qualquer outro cargo a outro nível do poder.
Tanto quanto nos é dito por Alberto Souto, as oposições do passado têm sido as oposições convenientes ao seu poder estabelecido. Para vergonha dele que quer o poder absoluto e nenhuma oposição, por estar surdo a tudo o que não seja a sua voz interior de provinciano e parolo cacique, temos de reconhecer que ele construíu uma oposição conivente.
E, no seu nervosismo eleiçoeiro, não se cansa de dizer ao eleitorado que os candidatos do Bloco não calham para oposição conveniente e, ainda muito menos, para oposição conivente.
Vale a pena votar Bloco? Alberto Souto não se cansa de dizer que sim, quando diz que não. De facto, quem vota Bloco não vota Souto, não vota PS nem em coisa alguma que tenha ficado perdida no passado conveniente e conivente. Votar no Bloco é votar não ao Souto!
No dia 9, se quer ser eleitor e ver-se munícipe de corpo inteiro e a tempo inteiro, vote Bloco para a Assembleia de Freguesia de Cacia, para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal de Aveiro.
5 comentários a “O voto no Bloco é contra o Souto é de Esquerda”
Parabéns pela eleição do Élio…
Agradeço como se aceitasse.
Acho que o Dr. Alberto Souto e o Partido Socialista merecem mais esse cumprimento do que eu.
Mas é uma opinião.
Passe bem.
Aveiro agradece-vos reconhecida pelo que ajudaram a fazer: colocar a cidade na máquina do tempo e faze-la recuar aos heróicos tempos do Girão Pereira, agora temperados com o cosmopolitismo e cultura do Élio e, sobretudo, com o acesso do Ulisses Pereira às finanças do nosso município.
Bravo!
Páre um bocadinho para pensar. Some os votos do Bloco e do PS e uns quantos da CDU…
compare com os do Élio.
Agora diga-me lá que estava à espera que nós fôssemos fazer campanha contra o Élio para reunir votos da direita para o Souto.
É essa a ideia?
Eu percebo que o desespero tolde o raciocínio, mas tanto?
Vão-se queixar à porta do PS e do Souto. Ou deixem de ser anónimos para podermos falar de igual para igual… livra!
Palavras leva-as o vento João. O Alberto Souto Socialista nunca foi, de Esquerda muito menos, há muito que muitos o sabiam. Mas não perdeu por isso. Nem perdeu pelos votos no BE, nem pelos votos na CDU, nem pelos Brancos. Perdeu pelo que é, pelo que representa e porque finalmente muita gente se fartou de engolir sapos e de venerar «Sua Alteza Real».
Aveiro perdeu? Talvez, mas a Democracia ganhou indubitavelmente.