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Em Julho, em Lisboa

Por intermédio da Granular, vou tocar duas vezes na capital, durante este mês:

IMPROVISÍVEL
25 de Julho, 19h30, Trem Azul JazzStore
João Martins (saxofone alto, MeSA)
Miguel Cabral (bateria, electrónica custom-built)

Um dos músicos mais activos da cena experimental do Porto (membro dos grupos Lost Gorbachevs, Klank Ensemble, Red Albinos e Ohmalone), saxofonista e inventor de instrumentos como o “contratear” e a “mesa”, encontra-se com outro inventor de instrumentos eléctricos e electrónicos, além de baterista, este de Lisboa, fundador dos Mola Dudle e mentor do Nevermet Ensemble. Ouvi-los-emos num típico duo de free jazz, saxofone / bateria, e a manipular os seus inventos.

Der Gekbe Klang
JOUISSANCE
26 de Julho 19h00 Museu do Chiado, Sala Polivalente
Vítor Rua | Gonçalo Falcão | João Hora | João Martins

Os restos dos “grandes sistemas” musicais, como a pop “bubble gum”, os standards do jazz, o minimalismo ou a “ambient music”, entre outros de índole vária, numa nova equação recontextualizadora. Pós-modernismo? Pós-pós-modernismo? Vítor Rua, Gonçalo Falcão, João Martins e João Hora tocam a música do “day after”, a música que sucede à morte da modernidade e à própria morte da morte da modernidade, feita de memórias truncadas e adulterações estilísticas. Co-fundador de um dos grupos de charneira do chamado “rock português”, os GNR, Vítor Rua constituiu depois com Jorge Lima Barreto o duo Telectu, pioneiro na introdução do minimalismo electrónico e do experimentalismo radical no nosso país, e firmou o seu nome enquanto compositor de música “clássica” contemporânea, interpretado por virtuosos como John Tilbury, Daniel Kientzy ou Giancarlo Schiafini e por orquestras de câmara como o Remix Ensemble e a Orchestrutopica. Videasta igualmente, a sua participação no Der Gelbe Klang será também virtual, por meio de um vídeo de sua autoria. Com formação profissional em design, Gonçalo Falcão estudou guitarra com Vítor Rua e frequentou workshops de composição de Salvatore Sciarrino e Louis Andriessen, utilizando técnicas extensivas num discurso habitualmente solístico que, apesar de experimental, tem referência no rock. Também guitarrista, João Hora tem-se revelado como um dos novos valores da electrónica digital lusitana. Saxofonista de formação, João Martins é igualmente um inventor / construtor de instrumentos, entre os quais se destacam o “contratear” e a “mesa”, tendo participado com o primeiro na apresentação portuense do projecto “Cobra” de John Zorn. É membro de vários grupos sediados no Porto: Ohmalone, Klank Ensemble, Red Albinos, Lost Gorbachevs e Space Ensemble.

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