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Notas sobre Usabilidade e Acessibilidade

A partir de uma troca de mensagens que se iniciou na mailing list “O Correio dos Outros” (instrumento fundamental para qualquer Mac User português e que deve fazer alguma inveja a utilizadores de outras plataformas e a Mac Users de outros pontos do globo — obrigado, Pedro Aniceto), alinhei algumas ideias sobre Usabilidade e Acessibilidade que vou construindo com a experiência de projectar, mas também de dar formação e consultoria.

A conversa, na mailing list, começou a partir da divulgação do site do designer Jorge Jorge, que me parece eficaz, mas que suscitou uma reacção mais ou menos exaltada de um outro utilizador (identifico como RM), bastante empenhado nas questões da Usabilidade e Acessibilidade, genericamente muito mal tratadas na web portuguesa.

Esta simples transcrição de uma mensagem, que estava incluída num contexto mais vasto, não é muito eficaz e exigirá de quem tiver interesse no assunto algum esforço de acompanhamento dos raciocínios, mas não tenho tempo para outros tratamentos…

A partir daqui, cito a mensagem. O texto normal sou eu. O resto são citações de RM.

Porque o tópico da Usabilidade e Acessibilidade me é muito caro, vou aproveitar a oportunidade para meter uma colherada, a partir das palavras do RM. Concordando com quase tudo, MAS…

Caro Jorge,

É difícil ensinar usabilidade ou acessibilidade (been there, tried that, didn’t work very well…), porque a consciencialização para a necessidade da usabilidade e acessibilidade vem de dentro de cada um e não aparece de um dia para o outro. É como uma equipa, não se faz de imediato, mas com treino e rotina acaba por ganhar mecanismos próprios e consegue atingir os seus objectivos. Quando se lá chega, acha-se estranho é que os outros não sigam aquilo que parece óbvio…

É evidente que é difícil transmitir a necessidade de usabilidade ou acessibilidade, mas isso apenas significa que as pessoas já sensibilizadas e disponíveis, devem sentir a urgência de o fazer.
A usabilidade/acessibilidade na Web, como verá a seguir, nem é uma das minha principais prioridades, já que a experiência de contacto com várias escolas de “projecto” (Arquitectura e Design) e com “produtos” recentes dessas escolas me têm mostrado que o caminho a percorrer neste nosso jardim à beira mar plantado é muito grande. Quando arquitectos (velhos e novos) têm pouca ou nenhuma sensibilidade para as questões da acessibilidade e são acompanhados pelos restantes responsáveis (técnicos e políticos) pelo desenho das nossas cidades na tentativa constante de ter legislação exemplar que toda a gente se esforça por não cumprir, encarando estas questões como um “empecilho” ou um “capricho” e não como uma necessidade básica de sociedades livres, democráticas e avançadas…
Creio que o que nos falta é a real introdução do conceito de “Desenho Universal” não ao nível técnico (onde está longe de ser um dado adquirido) mas ao nível da consciência cívica. Estamos portanto em lutas de cidadania…

Mas quanto às questões que aponta como “dicas” a ter em conta na elaboração de páginas Web, apesar de perceber e acompanhar algumas e, aqui ou ali acrescentar outras tantas, creio que será útil fazer a ressalva de que, na Web, como em qualquer outro domínio da comunicação, está nas mãos de quem facilita o processo, definir o “auditório”.
99% das vezes isso é feito de forma inconsciente e não deliberada e a definição do auditório é feita pela imposição de barreiras que o facilitador do processo não sabe que existem. Para esses casos, as suas dicas são preciosas. Mas há o 1% sobrante de que talvez faça parte o Jorge e que, ao iniciar um processo comunicativo define, estrategicamente, quem é o seu auditório e que características tem. Talvez algumas das características sobre as quais falamos nestas mensagens nem sequer entrem nas preocupações do Jorge, o que é mau, mas eu diria que, estrategicamente, ele não deve andar longe do seu público-alvo quando faz as opções que faz.
Claro que as opções dele excluem alguns utilizadores, mas a verdade é que a adesão aos padrões estritos da usabilidade e acessibilidade (principalmente se seguirmos à risca os preceitos do guru tão amado como odiado Jakob Nielsen) exclui, no sentido em que afasta ou se revela totalmente ineficaz, outros tantos.
Não interessa muito discutir sobre quantos utilizadores é que cada uma das abordagens exclui. Interessa isso sim (ao Jorge, imagino), avaliar a eficácia da estratégia através do rácio público-servido/público-alvo.

Porque não podemos olhar para um portfólio de um designer como o Jorge e, abstraindo-nos dos seus objectivos e motivações fazermos uma avaliação da usabilidade/acessibilidade. Fazermos isso é errado em quase todas as circunstâncias, como os trabalhos sobre “Desenho Universal” do Holmes-Siedle e do Papanek me fazem pensar: a definição de barreira assenta na definição de diferença e todos nós somos diferentes de uma forma ou de outra, pelo que a “universalidade” é uma utopia que a ser realizada, será através da junção de uma grande diversidade de objectos que sirvam os interesses das diferentes minorias de que é composta a humanidade.

A maioria é uma abstracção estatística que nos aliena a todos.
Projectar para ela não serve os interesses de ninguém.

Assim sendo, à La Palisse, diria que no centro da questão da usabilidade/acessibilidade está a necessidade de conhecermos bem os nossos utilizadores.
E aí, a sua dica sobre recrutar/eleger beta-testers e avaliar a reacção é fundamental. Mas, no caso do Jorge, teríamos sempre que saber para quê e para quem é que ele faz o site.
Provavelmente não é nem para mim, nem para si, RM.

(En passant, deixe-me que lhe diga, Jorge, que gostei bastante do seu trabalho e da forma como o apresenta. Não é universal na apresentação, mas creio que é extremamente eficaz, se bem percebi os seus objectivos. Pode é acrescentar à sua lista de coisas nas quais pensar, avaliar a relevância das questões da usabilidade/acessibilidade/universalidade no contexto da prática contemporânea do Design e, quem sabe, virá a fazer algumas das alterações de que fala o RM.)

Sobre as dicas do RM, acrescento uns comentários, se me permitem.

1) Flash e/ou páginas baseadas em imagens. As páginas em flash/imagens até podem ficar visualmente agradáveis, mas têm vários problemas, dos quais indico apenas alguns.
1.1 No caso do flash, exigem que as pessoas tenham o plugin para ler flash, o que nem sempre acontece, obrigando a downloads extras. Já para não falar do download do próprio ficheiro flash, que pode demorar mais do que a pessoa está disposta a esperar. Nem sempre quem visita a sua página está em ligação de banda larga… Estudos indicam que as pessoas querem ver uma página rapidamente e que não estão dispostas a esperar muito tempo para que isso seja possível.

O Flash Player tem uma presença quase esmagadora, neste momento, sendo instalado com a maior parte dos sistemas operativos e browsers e tendo versões para dispositivos móveis.
Claro que apresenta as desvantagens que o RM refere mas tem também vantagens: a integração de elementos visuais animados, vídeo e som, pode ser combinada para criar experiências de interacção extremamente completas, incluindo em ambientes e para públicos com necessidades especiais.
E se o tempo de espera for justificado pela qualidade dos conteúdos, pelo impacto e por uma agradável experiência de interacção, os utilizadores, regra geral, condescendem. O Jakob Nielsen não, mas a maior parte dos utilizadores condescende. 😉
Estratégias de optimização do próprio Flash e uma gestão inteligente do fluxo de informação em fases de “download” de conteúdos mais pesados também pode ajudar a prender o utilizador e dar-lhe uma ideia da natureza da espera, gerindo as expectativas.

1.2 Como se isso não fosse suficiente mau, os cidadãos com necessidades especiais têm bastante dificuldade em utilizar páginas que sejam inteiramente em flash ou baseadas em imagens (aquelas em que a navegação tem de ser feita com “clicks” em imagens, quer as imagens tenham texto ou não).

Uma das vantagens do Flash reside, precisamente, na possibilidade de escolher vários meios de difusão dos conteúdos, permitindo o cruzamento do texto escrito com o som ou animações de outro tipo e de definir modalidades de interacção diferenciadas: principalmente através do rato e do teclado, ou de mecanismos substitutivos. Com incidência nas versões mais recentes, têm surgido várias melhorias ao nível da acessibilidade dos conteúdos. Para saber mais sobre estratégias de acessibilidade em Flash, visite www.adobe.com/resources/accessibility/flash8/.
Um exemplo típico da correcta utilização do Flash numa estratégia de eficácia na usabilidade e acessibilidade está na criação de conteúdos on-line para crianças do primeiro ciclo do básico ou até mais novas: podendo-se discutir a utilização da internet na difusão de conteúdos para estas faixas etárias, dificilmente se discutirá da aplicabilidade das regras do Jakob Nielsen a sites para crianças que ainda estejam a aprender a ler, por exemplo. 😉

1.3 Os motores de pesquisa não conseguem facilmente indexar os conteúdos baseados em imagens ou flash (há sempre formas mais feias de contornar essa situação, mas eu não as recomendo…).

Baralhar aqui os sites baseados em imagens (como os que são criado pelo iWeb, presumo – e tanto haveria a dizer acerca do iWeb e da contribuição extremamente infeliz da Apple neste capítulo com a introdução daquela ferramenta…) com os sites baseados em Flash perturba um bocadinho, uma vez que os conteúdos de um site Flash podem ser indexados de várias formas, nem todas elas feias. Mais pode ser lido aqui.

1.4 É quase impossível copiar texto de uma página em flash, para imprimir por exemplo. Pode-se fazer um “screen capture” é verdade, mas o utilizador não deveria de ter de ser obrigado a isso.

Isso não é nada verdade. Não só existe a função “print” no Flash, como é possível determinar para cada campo de texto se ele pode ou não ser seleccionado. O facto duma parte significativa dos utilizadores de Flash não implementarem boas práticas não significa que elas não sejam possíveis naquela ferramenta. Por essa lógica, os editores de HTML também não serviam porque a maior parte das páginas feitas em HTML não cumpre os com os standards, usa tabelas em vez de DIV tags, esquece a marcação estrutural do texto e substitui por “flores” de formatação…
Por outro lado, a utilização de Flash é/pode ser uma boa estratégia no que diz respeito à protecção de direitos de autor sobre textos e imagens, uma vez que, correctamente geridas as situações se pode dificultar a operação de copy/paste a que tantas vezes são sujeitos os conteúdos on-line. Essa também é uma preocupação válida e pertinente.

2) Sítios sobre usabilidade e acessibilidade (leitura integral absolutamente recomendada a quem faz, ou pensa alguma vez fazer, páginas ou interfaces para o utilizador):

http://www.useit.com – em inglês, do guru de usabilidade Jakob Nielsen, com bastante informação útil e muitas recomendações, tanto de livros como de artigos sobre o tema;

http://www.nngroup.com/reports/ – em inglês, com bastante informação útil (mas paga)

http://www.acessibilidade.net/ – em português, com bastante informação útil

O trabalho do Jakob Nielsen é, na minha humilde opinião, datado e carregado duma grande dose de arrogância e reaccionarismo. Foi extremamente importante no seu tempo, e não deixa de ser fundamental, mas a recusa em ver os esforços que se vão fazendo na criação de experiências cada vez mais ricas e diversificadas, acaba por atrapalhar. Tenho sempre a sensação de que ele é para a Web, aquilo que o Corbusier foi para a Arquitectura quando criou o “Modulor” (um sistema de medidas que pretendia atribuir uma escala mais humana à arquitectura, a partir do homem-padrão-módulo).

Recuperando uma frase de há pouco:
A maioria é uma abstracção estatística que nos aliena a todos.
Projectar para ela não serve os interesses de ninguém.

Não podemos em momento algum esquecer que o princípio do trabalho do Jakob Nielsen foi na análise de interfaces e objectos comunicacionais corporativos com uma grande componente estritamente funcional e com universos de utilizadores potencialmente globais. Ao trabalhar para grandes multinacionais e para entidades governamentais, o Nielsen e o NN Group tiveram que centrar a sua metodologia não na diversidade dos grupos de utilizadores, mas na média estatística e abstracta do universo total. O que se ganha com esta abordagem teoricamente inclusiva, perde-se em eficácia na relação individualizada.
O advento da Web 2.0 tem precisamente que ver com isso: a construção de uma internet mais centrada no utilizador, em que cada indivíduo pode seleccionar e manipular a informação de acordo com as suas necessidades e motivações específicas. Assim, a “normalização” (estatística) deve ser encarada com alguma reserva, porque nós (utilizadores diversos) queremos um ambiente on-line também ele diverso.

Sobre estas coisas e outras, além das notas técnicas que já dei, recomendo a consulta de 2 ou 3 sites que me parecem boas introduções à questão da usabilidade e acessibilidade, na perspectiva da criação de experiências ricas para os utilizadores:

Porque a web acessível, não tem que ser um deserto.

3) Livros (que li) recomendados sobre o assunto:

Sobre esta questão, aconselhava a leitura de algumas reflexões que ficam a montante disto:

  1. Barrier-Free Design“, de James Holmes-Siedle, que dedica os primeiros capítulos à análise das definições dos conceitos de “able/disable” e “handicap”, separando o modelo médico do modelo social e dando uma perspectiva refrescante:
    • todos temos necessidades especiais (umas temporárias, outras permanentes);
    • a deficiência não é uma condição do indivíduo, mas da sociedade, na sua incapacidade de integrar a diferença e permitir a exploração completa do potencial individual.
    Apesar de ser um livro escrito a pensar no mundo da construção (para arquitectos, engenheiros, designers de equipamento (e de comunicação, uma vez que é dado grande ênfase às questões da sinalética e outras…), os conceitos abordados ajudam toda a gente a perceber melhor a necessidade de repensarmos a forma como nos posicionamos no mundo e o verdadeiro significado das “barreiras arquitectónicas” que nos afligem a todos.
  2. Design for the Real World“, de Victor Papanek (e os outros livros dele: “The Green Imperative”, “Design For Human Scale”, “How Things Don’t Work”).
    Uma introdução aos imperativos éticos do exercício da profissão de projectista/designer. Um clássico pouco lido por cá, pelo que vou percebendo.

4) Standards. O W3C define-os, não é de todo má ideia segui-los. Disponibiliza informação sobre muitas tecnologias, bem como ferramentas para facilitar a sua utilização de forma correcta. Disponível em http://www.w3.org. Também lá há ferramentas para validar se as páginas respeitam ou não os standards.

A questão dos standards vou reservar para outra intervenção, que isto já vai mais longo do que seria razoável numa intervenção na ML (desculpa lá, Pedro).
Mas concordo totalmente consigo. Excepto quando a definição do universo específico de utilizadores nos diz que há ganhos de eficácia se não os respeitarmos… 🙂 Claro que podemos estar a analisar mal o universo de utilizadores, mas isso é um problema de base.

Se me irrita que o Estado, ou um banco, ou uma grande superfície comercial me excluam do seu universo de utilizadores por preguiça de criarem código robusto e validado, não me tira o sono que páginas pessoais, portfólios de artistas, experiências de vanguarda nos media e coisas que tais, usem tecnologias que excluam um utilizador mais frágil (no contexto em que se posicionam, claro). Desde que não se afirmem como experiências universais…

5) Experts. Ao construir uma página, o seu autor deixa de ser isento quanto ao comportamento da mesma e acha sempre que fez um bom trabalho. Em geral é boa ideia agarrar em várias pessoas que nunca tenham utilizado o site, pedir-lhes para encontrarem determinada informação específica que obrigue a pessoa a navegar pelas páginas, tomando nota das dificuldades que cada utilizador tem em realizar essa tarefa.

Certíssimo.
Encontrar uma correcta amostra de “testers” é fundamental. E para isso, uma análise profunda dos utilizadores potenciais e uma definição de estratégia e alvo é meio caminho andado.

6) Ler. Ler muito. Ler ainda mais. Existem milhares de páginas na Internet dedicadas ao tema “usability”. Outras tantas dedicadas à acessibilidade. Ler tudo o que se consiga encontrar sobre o assunto não fará mal. A própria Apple tem uma secção chamada “User Experience Guides” que, apesar de ser dedicada a quem constrói aplicações, tem muitos e bons conselhos que também são válidos para a web.

E aproveito para lembrar que o iWeb, por exemplo, apesar do empenho da Apple nestas questões é uma má aplicação para a criação de sites acessíveis e validáveis.
Mas a análise da Apple aos utilizadores potenciais deve ter apontado para uma baixa sensibilidade a estas questões… 🙁

7) Senso comum. Não importa o que cada um acha da sua página, o importante é o que os visitantes sentem quando a visitam. Assumir que todas as pessoas têm ou deviam ter as janelas do browser com determinado tamanho é errado. Basta pensar que há dispositivos que têm ecrãs de 10cm onde poderá fazer sentido ter a janela em full-screen enquanto que num iMac de 24″ polegadas isso poderá ser absolutamente ridículo!

Eu prefiro o bom senso ao senso comum. E mais uma vez concordo em tese. Na prática, conceber páginas que conciliem riqueza de conteúdos, uma experiência de navegação agradável e estimulante e uma perfeita adequação à totalidade de suportes através do qual possa ser acedida… parece-me uma miragem. “Graceful Degradation” é uma estratégia menos má.

8) Paciência. A pressa é inimiga de muitas palavras que acabam em “idade”: qualidade, conformidade, usabilidade, acessibilidade, rastreabilidade…

Isto é apenas o princípio. A usabilidade e acessibilidade são muito mais que isto, mas o texto já vai longo…

RM

Será que com estas sequências de testamentos conseguimos inaugurar aqui uma conversa mais profunda sobre usabilidade e acessibilidade?
Espero que sim, RM.

A todos aqueles a quem esta conversa parece completamente sensaborona, desculpem lá qualquer coisinha.

Abraços universais,

João Martins

Os mesmos votos com que encerrei esta mensagem na ML, deixo-os aqui: vamos falar sobre Usabilidade e Acessibilidade?

4 comentários a “Notas sobre Usabilidade e Acessibilidade”

Pelo que vi no seu blog, Amadeus, já resolveu o seu problema. Seja como for, no meu caso, uso o Podpress para gerir o meu podcast e introduzi este XSPF Player, quando ele apareceu como widget do próprio Podpress. Creio que ele existe como widget independente, mas não usei.
Para pôr o meu a funcionar, tive que fazer umas manobras, porque uso categorias do WordPress para definir o que é e o que não é podcast. A descrição dessas manobras pode ser lida no fórum do Podpress.

Continuação de boas transmissões.

Olá João!
Na verdade não seria para a radio dada é outro blog…e não consegui nenhuma documentação sobre esse widget e como configurá-lo..por ser uma escrita pronta e disponivel, acreditava ser facil de configurá-la, mas me parece mais fácil colocar o player atraves de um widget de texto e jogar o playlist no servidor mesmo..se souber de algo sobre esse widget chamado xspf player me comunique

Obrigado!!!

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