O Nelson Peralta chamou-me a atenção para este pedaço de prosa no New York Times acerca de Aveiro, em jeito de guia turístico. A ironia cósmica de que fala o Nelson é de facto curiosa, mas o artigo também nos põe a pensar sobre como a distância dá um charme especial a quase tudo.
Para quem vive o quotidiano de Aveiro, por muito que espaços como o Mercado Negro (justamente destacado no artigo), entre outros, introduzam uma componente de cosmopolitismo que não existia há 10 ou 20 anos atrás, basta olharmos para o estudo acerca dos públicos do Teatro Aveirense, por exemplo, para termos a confirmação de que a população universitária não está assim tão “ligada” à vida da cidade. Com culpas partilhadas, certamente…
Mas a descrição quase idílica da Sarah Wildman dá mesmo vontade de ser turista por cá.