A piadinha:
Luís Filipe Menezes propõe-se a desmantelar o estado em 6 meses. Não percebo a modéstia: quem conseguiu (des)fazer muito mais do que isso a um dos maiores partidos políticos portugueses em poucas semanas, não terá grandes dificuldades a cumprir esse desígnio. Isto se alguém decidir confiar na promessa “anarquista” do autarca de Gaia.
Agora a sério:
Apesar do rumo do discurso dele me assustar seriamente, assim como o aparente esvaziamento dum dos partidos do chamado “arco da governação” que favorece apenas o autismo do governo que temos, acho engraçado que da entrevista ao Expresso, se destaque este excerto
Se houvesse eleições hoje, diga três razões para os portugueses votarem em si.
Primeiro: ter um PM que acredita que Portugal pode, nesta geração, ter um crescimento que duplique ou triplique o actual; segundo, a aposta radical que eu faço de, em meia dúzia de meses, desmantelar de vez o enorme peso que o Estado tem na sociedade portuguesa e que oprime as pessoas. Finalmente, a ideia de que todas as reformas que têm de ser feitas o podem ser em seis meses. É possivel pôr os portugueses a escolherem a escola dos filhos sem perderem os apoios do Estado em seis meses, a escolher o hospital e a terem o mesmo financiamento, a descentralizar competências nas autarquias locais, a privatizar os sectores da economia que referi, a avançar com a reforma da administração publica. È preciso dizer aos portugueses que a sua vida pode mudar já..
para um parágrafo introdutório onde se lê
Para lá chegar [a S. Bento] tem uma fórmula radical: desmantelar em seis meses o excessivo peso do Estado e mudar a legislação laboral para aliviar a economia.
E, mais estranho ainda que daí, se retire a ideia de “desmantelar o estado em seis meses“, à qual, obviamente, qualquer responsável deste executivo (eu ouvi o Teixeira dos Santos na TSF), reagiria com a classificação de “anarquista”.
Eu, na qualidade de simpatizante do ideal anarquista, devo dizer que com coisas sérias não se brinca, meus senhores! 😉
Um comentário a “6 meses? Não sejas modesto, Menezes”
[…] então há uma grande coerência entre discurso e acção de Menezes: para “desmantelar o Estado em seis meses”, como manifestava ser o seu desejo há uns meses, começa por treinar, desmantelando um dos maiores partidos do “arco da governação” […]