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Enquanto o Simplex for um plano de propaganda e não um estado de espírito…

… vão subsistir as Tesourarias.

Alguém sabe para que servem? Alguém consegue produzir uma boa resposta para a sua sobrevivência numa era de tecnologias de informação, métodos alternativos de pagamento, centralização de dados?

Alguém é capaz de explicar, de forma não rocambolesca, porque é que numa repartição de Finanças onde se pede uma certidão, não se pode fazer o pagamento respectivo, tendo que ir a uma outra fila, com uma guia de pagamento na mão que, depois de carimbada, permite a entrega do documento na repartição original?

E não, não estou a falar de nenhum procedimento que se consiga fazer online. Esses resolvo-os em casa.

E sim, tive que pagar qualquer coisa como 4,32 euros. E como tinha apenas uma nota de 20 e fiquei com uma funcionária bastante irritada por ter que procurar trocos.

Isto não é nada Simplex.

Simplex seria determinar como procedimento orientador que, em todos os postos de trabalho onde sejam atendidos cidadãos, e no caso de algum dos procedimentos possíveis envolver pagamentos, o posto deve estar equipado com um terminal de pagamento ou deverá ser emitida uma referência para pagamento posterior, sem prejuízo da conclusão do procedimento. Por exemplo.

Pior do que isso só ter que preencher formulários da INCM em uso, em que o campo do código postal ainda é do tempo do código simples, com químicos que não funcionam, e campos obrigatórios, mesmo que sejam campos inalteráveis constantes dum registo que se pretende alterar no pormenor. Simplex, neste caso, seria determinar que em todos os pedidos de alteração de dados, os cidadãos ficariam apenas obrigados a fornecer a informação a alterar e confirmar a restante, se necessário.

Mas qualquer um destes exemplos era válido se o Simplex fosse um estado de espírito, uma mudança de atitude… e ainda não é, pois não?

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