Às vezes não me contenho e dou por mim a fazer o papel de comentador em blogs alheios, quando os assuntos me tocam particularmente. Não faço muitos amigos, suponho.
Vem isto a propósito dos comentários que fiz hoje, a propósito da natureza da Praxe, em dois blogs:
- no falta de tempo, a explicar porque é que acho que a parte mais acertada da intervenção do Mariano Gago foi a referência do fascismo ligado à Praxe
- no Strone’s Blog, a defender o direito a ser contra a Praxe sem nela ter participado, por razões óbvias (1) e a tentar distinguir entre o papel dos dirigentes estudantis democraticamente eleitos e os representantes da estrutura bolorenta da Praxe, que, em algumas cabeças, parecem confundir-se (2)
Confesso que é um assunto que me apaixona. Desde sempre. E não canso de me espantar com os argumentos que surgem, as construções lógicas absurdas, as falhas de memória, a estreiteza de vistas…
5 comentários a “Comentador de serviço”
É engracado como a praxe até vai contra um velho ditado que diz “Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”. Na realidade todos os que praxam fazem-no porque o fizeram a eles e muitos até defente que serve para mostrar a “vida dura universitária”…
Eu sobre a praxe não tenho nada a dizer, mas sobre os comentários sim…
Às vezes tenho a sensação que em PT se interage menos nos comentários dos blogs. Talvez seja por falta de tempo, talvez seja por falta de cometimento, talvez seja só mesmo uma impressão.
Mas é engraçado dizeres “não me contenho” e blogs “alheios”. Como se o comentário em blog alheio não fosse uma interacção válida e bem-vinda.
Talvez eu interprete mal, talvez esteja mesmo a quebrar alguma regra de blogtiqueta, mas a verdade é que eu sou um tagarela e gosto de conversar, por isso comento sempre que leio um post completo (e só comento posts que li completamente) e que penso que tenha algo a acrescentar.
Tens razão, André. Num país carregado de “bloggers”, estamos todos tão ocupados a escrever o “nosso” post que acabamos por ter comunidades de leitores-comentadores muito emagrecidas e frágeis. Eu, pessoalmente, gosto de comentar e participar em variadíssimos blogs quando os assuntos me interessam, mas nem sempre se revela uma experiência enriquecedora.
É a vida, como dizia o outro.
Comentemos, pois.
André: esta nossa conversa talvez faça mais sentido no lisbonlab, do Hugo Silva, a (des)propósito da entrevista do Paulo Querido sobre social media.
pois talvez… eu estava mesmo era a falar dos comentários nos blogs… mas sim… em geral o que é preciso é que as pessoas comuniquem.