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A força dos exemplos

Matrículas dos alunos da UA ilustradas com fotografias da Praxe no boletim electrónico @ua_online

Para Mariano Gago, o Ministro do Ensino Superior, “a degradação física e psicológica dos mais novos como rito de iniciação é uma afronta aos valores da própria educação e à razão de ser das instituições de ensino superior e deve pois ser eficazmente combatida por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, pelos próprios responsáveis das instituições” (já o tinha citado aqui).
Já para a Universidade de Aveiro, aparentemente, imagens da Praxe são a melhor forma de ilustrar a notícia do arranque das matrículas.

E esta é apenas a face pública das coisas, já que, segundo soube, circula um apelo (oficial ou oficioso, não percebi bem) aos professores desta instituição, para que os membros do Conselho do Salgado ( o órgão da Praxe, em Aveiro) não sejam submetidos ao normal regime de faltas, enquanto dura esta época inicial de “caça”.

Expliquem-me depois, devagarinho, como é que em contextos deste tipo (e a UA é um exemplo moderado, pelo que vou conhecendo), se espera que a aceitação ou não da Praxe seja apenas uma questão de livre escolha de quem acaba de chegar às instituições.

2 comentários a “A força dos exemplos”

A meu ver um dos grandes problemas nesta questão são de facto as generalizações.

Há locais que praticam algo que chamam praxe que não é mais que um escape para pessoas de uma pequenez tremenda libertarem frustrações…

No entanto nem todos os locais são iguais, por mim falo quando digo que a praxe no meu caso foi extremamente positiva e de facto se no inicio é complicado dizer que não (mas há quem diga) conheço muita gente que no meu ano de caloiro experimentou, não gostou e saiu, sem mais nada, sem ser posto de lado.

Agora, obviamente que senti mais afinidades com colegas meu que participaram na praxe activamente mas isso é obvio pois passamos mais tempos juntos, apenas e só isso.

E sempre foi deixado bem claro que ninguém era obrigado a fazer algo que era dito, conheço casos de pessoas que se recusaram a fazer determinadas acções, explicaram de uma forma sensata, não as fizeram e nada aconteceu.

Mas isto acima de tudo vai muito de encontro ao que é considerado praxe… infelizmente toda a gente pensa que andar pintado já é praxe… eu por acaso não até porque como me disseram na altura “vocês não são palhaços para andarem pintados”.

Para completar, digo que nunca me senti humilhado ou maltratado…

Tenho só pena que se fale desta forma como se o que vem nos jornais sobre um ou outro caso, fosse a totalidade.

Peticao “para que as instituicoes ligadas ao ensino superior deixem de perseguir A PRAXE enquanto “ritual” e compreendam a importancia DA PRAXE, no contexto das nossas vidas academicas, tentando assim contribuir para a eliminacao dos casos que a envergonham, assim como para a divulgacao e massificacao dos bons momentos e exemplos proporcionados pela PRAXE. ”

Assinem aqui:

http://www.petitiononline.com/voz99008/petition.html

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