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As escolas não são de papel

No Jardim de Infância que a Maria frequenta, que é da rede pública, os contratos das auxiliares de acção educativa (confesso que não sei se é este o termo exacto que define a função da Mena e da Eliana), termina a 31 de Dezembro e a Câmara Municipal de Aveiro não terá intenções de o renovar, tendo planeado passar essa responsabilidade para as Juntas de Freguesia que, entre isso e a “austeridade”, planeiam recorrer a bolsas do Centro de Emprego para contratar gente por preços mais baixos.

Se as escolas fossem feitas de papel e habitadas por números, tudo parecia fazer sentido, numa altura em que apenas se admitem subtrações ou um aumento substancial dos divisores. Nas listas de deve-haver dos diferentes níveis de poder, as responsabilidades acumulam-se e, entre “delegar” para o nível abaixo ou abandonar funções progressivamente, o país esboroa-se.

O impacto destas decisões vai sendo sentido por comunidades maiores ou mais pequenas, mais ou menos capazes de fazer ouvir a sua voz e reivindicar os seus direitos, mas, nas voragem dos dias, temos pouco tempo para pensar no efeito não-imediato das medidas que se tomam, quando se reduz o país a um balancete estreito.

Perder a noção das prioridades é, nestes tempos de “austeridade”, meio caminho andado para a desgraça. E é o que parece ser o caso nesta tentativa tonta de poupar uns cobres nos míseros salários destas auxiliares, que têm demonstrado, ao longo do tempo, profissionalismo, dedicação e empenho e constituem, com as educadores e o resto da comunidade escolar uma equipa de que todos precisamos para continuar a funcionar como comunidade. A decisão não serve o interesse das crianças, nem da escola como comunidade e as poupanças, a existir, nunca serão capazes de inverter este facto.

E é particularmente ridículo que este tipo de manobras continue a acontecer, enquanto se afirmou veementemente o consenso de que a estabilidade é um dos valores mais importantes no sucesso dos processos de aprendizagem na escola que, por sua vez, é um dos únicos modos eficazes de nos retirar da crise a longo prazo.

O abaixo assinados que fazemos passar a partir de hoje, entre pais, educadores e encarregados de educação das crianças do Jardim de Infância de Santiago, tenta dizer isso e é a nossa forma de nos manifestarmos, para já. Mas as razões que o movem servem para participar activamente e discutir tantas outras decisões pouco inteligentes que se vão fazendo nos diferentes níveis de poder, em áreas de actuação diversas.

ABAIXO ASSINADO DOS PAIS, EDUCADORES E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS DO JARDIM DE INFÂNCIA DE SANTIAGO
PELA PROTECÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NO SEU TODO

Ao Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Aos Ex.mos Sr.es Vereadores da Câmara Municipal de Aveiro,
Aos ilustres representantes eleitos da Assembleia Municipal de Aveiro,
Ao Ex.mo Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Glória,
À Direcção do Agrupamento de Escolas de Aveiro,

Ex.mos S.res:

As notícias trazidas a público no passado dia 4 de Dezembro, no Diário de Aveiro, assim como os esclarecimentos adicionais prestados por vários dos envolvidos, ainda que carecendo de confirmações oficiais, convocam-nos, na qualidade de pais, educadores e encarregados de educação das crianças que frequentam o Jardim de Infância de Santiago, no sentido de obter esclarecimentos rápidos quanto à situação do pessoal não docente que aqui desempenha funções e afirmar, desde já, que quaisquer que sejam os problemas ou constrangimentos que urge resolver, não devem, em nenhum momento ser invertidas as justas prioridades. Ou seja, o superior interesse das crianças que frequentam este estabelecimento de ensino deve ser cuidadosamente acautelado.
Dizem-nos as notícias que os contratos que vinculam o pessoal não docente no Jardim de Infância terminam no dia 31 de Dezembro e que a Câmara Municipal não garante a sua renovação, passando a responsabilidade para a Junta de Freguesia que, previsivelmente, recorrerá a bolsas do Centro de Emprego. Não temos dúvidas que nessas bolsas estará gente capaz e merecedora de vínculos laborais, mas não nos parece fazer sentido, num momento em que a estabilidade dos meios educativos é já um valor consensual e dada a confiança que esta equipa tem merecido por parte de todos, que as profissionais que temos o hábito de tratar pelos nomes, Filomena e Eliana, e com quem partilhamos, no contexto da equipa que a escola estabelece com as famílias, a educação dos nossos filhos e educandos, sejam substituídas desta forma e nesta altura, com prejuízo evidente das crianças, dos restantes profissionais, que se devem adaptar às mudanças na equipa, e da escola, enquanto comunidade.
Compreendemos que, no papel, as medidas que estão a ser implementadas possam parecer simples e eficazes do ponto de vista da gestão dos recursos e da alocação das responsabilidades. Compreendemos que o equilíbrio entre as funções desempenhadas pela administração central e local no domínio da educação seja difícil de manter. Mas nenhuma escola é feita de papel, assim como as crianças que nelas crescem e se desenvolvem ou as pessoas que permitem que esse desenvolvimento acontecem não se podem reduzir à triste condição de número numa lista de deve-haver.
Nós, porque conhecemos as nossas crianças, porque sabemos da importância que tem, para elas, a presença profissional, motivada, empenhada e afectuosa destas pessoas, achamos que temos direito a ser ouvidos neste processo, sabemos que somos parte dele, com ou sem a Vossa iniciativa e desde já afirmamos que, com o que sabemos, não podemos deixar de pensar que, no processo de tomada de decisão, alguém se esqueceu de verificar do que se estava a falar e de compreender que havia um factor determinante que estava a ser esquecido que é, precisamente, o superior interesse das crianças.
E é por isso que assinamos este abaixo-assinado, em que vos pedimos esclarecimentos, mas também acções decisivas no sentido de regularizar esta situação, em nome das crianças que frequentam o Jardim de Infância, a quem não queremos ter que explicar porque é que, depois do Natal, a Mena e a Eliana já não vão estar na escola.

Assinam pais, educadores e encarregados de educação que frequentam o Jardim de Infância de Santiago

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Monstros de Vidro

Monstros de Vidro, cartaz de João Guedes

Monstros de Vidro é o nome da nova criação do Visões Úteis, que estreia no Teatro Carlos Alberto, no dia 25 de Novembro (porque a 24 estaremos solidários com a Greve Geral), ficando em cena até 4 de Dezembro, apresentando-se depois no TAGV, em Coimbra, e no Estúdio PerFormas, em Aveiro.

Assino, como habitualmente, a banda sonora original e sonoplastia do espectáculo, além de assegurar elementos gráficos e audiovisuais que integram o espaço cénico e a dramaturgia.

E é aqui que começamos a perguntar: se perdermos o controlo e nos espatifarmos lá em baixo, como é que estar dobrado para a frente com as mãos sobre a cabeça me vai salvar a vida? E se isto não me salva a vida, porque é que eles querem que eu me ponha nesta posição?

Porto – Teatro Carlos Alberto (acolhimento Teatro Nacional S. João)

24 Novembro
Estreia adiada devido à Greve Geral / Concentração pela Cultura às 21h30 no Teatro Carlos Alberto

25 de Novembro a 4 Dezembro
Quarta a Sábado: 21h30
Domingo: 16h

Monstros de Vidro

40ª criação Visões Úteis

texto e direção Ana Vitorino, Carlos Costa
cenografia e figurinos Inês de Carvalho
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz José Carlos Coelho
elementos gráficos e audiovisuais entropiadesign
co-criação Ana Azevedo, Nuno Casimiro, Pedro Carreira

interpretação Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Pedro Carreira e ainda Inês de Carvalho
voz-off Alice Costa

Próximas apresentações:

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Descentralização cultural

A agenda de concertos do Space Ensemble ilustra bem, na minha singela opinião, o esforço que vamos fazendo para fazer circular as nossas propostas um pouco por todo o país. Há regiões mais favorecidas do que outras, é verdade, mas já estivemos em muitas salas de espectáculos, das melhores às mais… sui generis. 😉

Mas no início de Novembro, o Space Ensemble procede a uma verdadeira proeza no que à descentralização cultural diz respeito:

Space Ensemble no CCB

É verdade, vamos levar os nossos filmes-concerto— AlgoRítmico, Música e Matemática e Filmes da Terra do Pai Natal— ao Centro Cultural de Belém, no âmbito de uma colaboração da Fábrica das Artes, do CCB, com o Festival Temps d’Images 2011.

3, 4 e 5 de Novembro serão portanto as datas à disposição do público de Lisboa para conhecer este nosso trabalho. Como nos dizem que em Lisboa vive bastante gente e que os indicadores relativos aos consumos culturais são um pouco diferentes do resto do país, estamos bastante entusiasmados com mais esta possibilidade de descentralização.

Mais informação nos links que se seguem:

Se, por acaso, conhecerem pessoas em Lisboa que possam estar interessadas nesta informação e que, por uma razão ou por outra, possam não a encontrar facilmente, agradecemos que nos ajudem a divulgar.

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Grande ideia para um romance

Como não tenho tempo para (mais) projectos de grandes romances, partilho convosco esta ideia: imaginem uma História Universal em que as únicas fontes disponíveis para a caracterização dos principais personagens fossem a sua auto-imagem. Imaginem os líderes políticos, militares, religiosos e económicos, dos vários períodos da História da Humanidade, apresentados nas suas diversas dimensões— do aspectos físico e de aparência, às motivações psicológicas, passando pelos seus vícios e virtudes nas relações com os outros, em público e privado— exclusivamente, através da sua própria percepção. Uma História em que Átila, o Huno, nos era apresentado como ele se veria a si próprio, assim como Napoleão Bonaparte, o nosso D. Afonso Henriques e a sua própria mãe. Um complemento imprescindível a um retrato psicológico da Humanidade, que nos permitisse espreitar o “conceito-de-si” daqueles que pontuam a nossa História, dos mais heróicos aos mais vis.

* foi uma ideia que me ocorreu durante o sono e que me fez acordar sobressaltado, há uns minutos atrás. Merece, provavelmente, alguma reflexão.

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20 anos do Guimarães Jazz

A marcar a 20ª edição do Guimarães Jazz – um festival consolidado no panorama cultural português e já com afirmação além-fronteiras, pela qualidade da programação, pela diversidade e quantidade de propostas que apresenta ao seu público, pelo crescimento sustentado e continuado e pela adaptação a novos desafios e às profundas mudanças que o contexto em que se realiza sofreu, a várias escalas – é merecida uma visão retrospectiva ampla não só do que aconteceu nas diversas edições, mas, principalmente, dos parâmetros, das condições, das opções e dos acasos que lhes deram origem e o sustentam no tempo.
A pensar nisso, o livro “Guimarães Jazz 20 anos” é com certeza uma das melhores formas de assinalar este momento e prestar uma justa homenagem ao Guimarães Jazz e a todos os que o tornaram possível nestes 20 anos. O Café Concerto do CCVF é o espaço reservado para o lançamento desta edição especial.

O Guimarães Jazz neste ano de 20º aniversário, acontece de 8 a 19 de Novembro e o programa merece, mais uma vez, toda a atenção. Foi com enorme prazer e algum receio, dada a enorme responsabilidade, que contribuí para o livro que assinala a efeméride e será uma honra assistir e participar do seu lançamento.

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Futureplaces Impromptu All-stars Orchestra CD

Faz parte do programa do festival Future Places – Digital Media and Local Cultures deste ano o lançamento de um CD com música criada a partir de recolhas e trabalhos realizados durante a edição do ano passado, na qual colaborei com Blaine L. Reiniger, Marc Behrens, Filipe Silva e Henrique Fernandes, entre outros. Fui convidado para assinar uma das faixas e é muito estimulante fazer parte de tão ilustre colectivo.

Mais novidades em breve.

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20 anos do Guimarães Jazz

2011 é ano de celebrações, sendo uma delas, os 20 anos do Guimarães Jazz. Tenho o privilégio de participar nas celebrações com um pequeno artigo retrospectivo, tendo tido a oportunidade de entrevistar alguns dos protagonistas destes 20 anos. Escrevo, a certa altura da introdução:

(…) Era bom que fosse frequente celebrarmos a 20ª edição destes acontecimentos: festivais de músicas várias, de teatro, dança ou artes performativas em geral. Iniciativas culturais descentralizadas, instituições ou espaços dedicados à promoção da arte e da cultura cujos projectos celebrassem esta singela marca das duas décadas seriam bons indicadores da saúde do nosso tecido cultural mas, mais do que isso, da nossa liberdade, da qualidade do nosso desenvolvimento e da maturidade da nossa democracia.
Infelizmente não é o caso: não só não é frequente celebrarmos 20 edições consecutivas e sustentadas de festivais ou 20 anos de programação consequente de instituições culturais, especialmente, se pensarmos em termos de descentralização cultural, como não chega sequer a ser assunto de debate aprofundado as razões que dificultam a sua realização ou continuidade.
E, enquanto a tão debatida questão da “cultura dos mega-eventos” consome demasiado espaço na opinião pública, não aparecem com a frequência necessária os exemplos que contrariam essa tendência.
Pensar, por isso, nas 20 edições do Guimarães Jazz e tentar fornecer uma visão retrospectiva ampla não só do que aconteceu nas diversas edições, mas, principalmente, dos parâmetros, das condições, das opções e dos acasos que lhe deram origem e o sustentam no tempo é um desafio de importância extrema.

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Lá se vai o chafariz, uma radionovela

Começa esta semana a transmissão da radionovela “Lá se vai o chafariz“, resultado duma oficina promovida pelo Centro Cultural Vila Flor, dirigida por mim e pela Manuela Ferreira (Teatro A Oficina). Foi um trabalho realizado entre 11 e 15 de Julho, com adolescentes, que definiram o tema, escreveram os episódios, fizeram gravações dos locais onde se passa a acção e deram voz aos diferentes personagens. Foi uma experiência intensa sobre a qual ainda hei-de escrever mais qualquer coisa. Mas gostava de vos convidar a sintonizar e ouvir.

  • Rádio Universitária do Minho (RUM): a emissão começa hoje (2ª feira, 8 de Agosto) nos seguintes horários: 9h20, 14h30 e 17h45. Posteriormente irão disponibilizar os conteúdos em podcast. É o indicativo deles que podem ouvir ali em baixo.
  • Rádio Santiago: A Radionovela vai ser emitida durante esta semana (2ª a 6ª) depois do informativo e bloco de publicidade das 21h00.

Posteriormente, também a Rádio Fundação irá emitir esta radionovela sobre um “chafariz perdido e uma comunidade em choque”. 😉

ACTUALIZAÇÃO: A Radionovela vai para o ar na Rádio Fundação de segunda, 22 de Agosto, até sexta-feira, 26.. Os episódios (1 por dia) passam nos seguintes horários: 08h15; 14h15; 16h15; 22h15; e madrugadas: 02h15 e 04h15.

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50 anos de Amnistia Internacional

[vimeo]http://www.vimeo.com/24146622[/vimeo]

A causa é valorosa. O vídeo belíssimo e, como se pode constatar no making of, a referência “florida” ao nosso 25 de Abril de 74 é uma escolha consciente e simbólica que muito nos devia honrar e que nos devia dar força para continuar a lutar pelos amanhãs que cantam.

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Coisas com música | Música com coisas

Foi este o mote das actividades que propus durante o Curso de Verão do Balleteatro, em que trabalhei, de 11 a 15 de Julho, com 2 grupos de crianças, divididos por idades.

Curso de Verão Balleteatro

O Curso de Verão estava subordinado ao tema geral dos “objectos” e pedia-se às crianças que trouxessem objectos de casa que seriam usados nas várias oficinas.

A minha abordagem foi mais ou menos esta:

coisas com música

Dado o tema geral proposto e o facto da colecção, criação e manipulação de objectos estar presente de forma permanente, a minha proposta passa por explorar o som dos objectos. Não se tratará duma oficina de construção de instrumentos a partir de objectos, mas sim dum oficina de procura de sons interessantes produzidos pelos objectos disponíveis. Trata-se por isso dum exercício de escuta, criatividade e imaginação, que incorpora formas de captar e amplificar sons a que normalmente não prestamos atenção, mas que podem ser interpretados como matéria musical.
Muito orientado para acções práticas de manipulação, captação e gravação, os momentos de reflexão da oficina serão associados a exercícios de escuta, que promovem a concentração e a promoção duma nova forma de ouvir.

música com coisas

Com a exploração de sons e com os exercícios de escuta, coloca-se naturalmente a questão do que pode ser a música que as “coisas” produzem. Usando como parâmetro fundamental a ideia de organização de eventos sonoros no tempo e conceitos de padrão e jogo, faremos exercícios com os sons descobertos para procurarmos “frases musicais” e usaremos ferramentas simples de edição e sequenciação de som, para desenvolver pequenas ideias musicais.
Conceitos cada vez mais usuais e transversais como os loops (ciclos repetíveis) e os samples (excertos ou amostras) serão manipulados na prática, em suportes simples e intuitivos e as pequenas ideias musicais produzidas ficarão disponíveis quer para os participantes levarem consigo para casa, quer para utilização noutras oficinas.

A implementação do plano exigiu algumas adaptações e o que podem ouvir aqui é o resultado dessas adaptações e uma amostra do tipo de trabalho que se fez.

Com o grupo dos mais novos, explorámos o som dos objectos e padrões rítmicos simples. Em “Baterias de Coisas” o que podem ouvir resulta de padrões rítmicos desenhados por eles no Hydrogen, em que cada “instrumento” é um som descoberto nos seus objectos.
Como nota para quem quiser pensar em actividades similares, devo dizer que fiquei muito satisfeito com a combinação de Audacity e Hydrogen para criar rapidamente “drumkits” a partir de qualquer fonte sonora.

Com os mais velhos, trabalhámos os sons dos objectos e a ideia de padrões em lógicas de sobreposições e montagens um pouco mais complexas, das quais resulta a peça “Coisas com Música“. Num segundo momento, usando um patch de análise e conversão MIDI em PureData, fizemos “Música com Coisas” com todos eles a “tocar piano” manipulando sons elementares: voz, corpo, objectos.

Divirtam-se a ouvir, como nós nos divertimos a fazer. E se ficarem com dúvidas, digam, para aprendermos todos uns com os outros.