Categorias
arte comunicação concertos música porto tecnologia

Futureplaces Impromptu All-stars Orchestra CD

Faz parte do programa do festival Future Places – Digital Media and Local Cultures deste ano o lançamento de um CD com música criada a partir de recolhas e trabalhos realizados durante a edição do ano passado, na qual colaborei com Blaine L. Reiniger, Marc Behrens, Filipe Silva e Henrique Fernandes, entre outros. Fui convidado para assinar uma das faixas e é muito estimulante fazer parte de tão ilustre colectivo.

Mais novidades em breve.

Categorias
Aveiro cultura jazz jazz.pt música portugal

jazz.pt | Quad Quartet: Now Boarding

Texto escrito por João Martins, a 01/04/2009.
Depois de revisto e editado por Rui Eduardo Paes, foi publicado no nº 24 da revista jazz.pt.
A publicação do texto neste blog tem como principal objectivo promover a revista: compre ou assine a jazz.pt.

Quad Quartet: Afirmação de Identidade

É um quarteto de saxofones e tem matriz na música erudita, mas a sua estreia em disco (com edição de autor, o que denuncia a urgência de mostrar o seu trabalho) utiliza temas de Jazz de Carlos Azevedo e Mário Laginha. Uma óptima surpresa!

CLASSIFICAÇÃO: 4/5

Capa do CD Now Boarding do Quad Quartet

Como edição de estreia, “Now Boarding” é um projecto surpreendente. E, se pensarmos que se trata duma edição de autor, mais surpreendente se torna: o rigor e exigência que se sente em cada aspecto desta edição é, francamente, acima da média: desde a escolha do repertório, à sua apresentação no suporte final, passando pela qualidade da gravação e produção, “Now Boarding” é o reflexo duma estrutura profissional e empenhada na concretização dum projecto musical completo.
Se o saxofone é um instrumento peculiar no lugar que ocupa como ponte entre as músicas eruditas e populares (por ser um instrumento recente, a sua adopção no universo da música erudita deve-se, em grande parte, ao seu sucesso como instrumento no jazz ou nas bandas filarmónicas), um quarteto de saxofones é um agrupamento paradoxal, já que se trata da configuração paradigmática da música de câmara erudita, construído à semelhança do quarteto de cordas. Por isso mesmo, é no espaço do quarteto que a maioria dos saxofonistas de formação clássica se formam enquanto músicos, onde a diversidade e profundidade do repertório original e adaptado permite uma formação abrangente a a maturação musical. Mas, também por isso, apesar da quantidade de quartetos existentes, a afirmação de identidades de tipo “autoral”, duma “voz”, se quisermos, torna-se particularmente difícil. No caso do Quad Quartet, essa identidade constrói-se de duas formas: através da escolha criteriosa do repertório e do seu encadeamento consequente e através dum processo de descodificação técnica da obra que assenta acima de tudo em soluções musicais.
“Now Boarding” é um momento claro de afirmação dessa identidade: o repertório escolhido une compositores portugueses e holandeses, numa ponte entre o país de origem destes saxofonistas e o país onde construíram parte da sua formação. Mas o que une os membros deste quarteto a Luís Tinoco, Carlos Guedes e Mário Laginha, os compositores portugueses, ou a Chiel Meijering, o compositor holandês, não são só coincidências geográficas: a este quarteto de saxofonistas de formação clássica interessa uma música que seja contemporânea e “familiar”, uma música feita agora e que, ao reflectir de diferentes formas a realidade quotidiana, se aproxime das pessoas. Para lá de géneros musicais ou convenções e sem preconceitos. Ao intercalar as peças histriónicas de Chiel Meijering, onde o caos das paisagens urbanas contemporâneas se traduz em rápidas colagens e transições de clichés musicais, ou texturas e ambientes fílmicos e efeitos mais ou menos caricaturais, com as peças jazzísticas de Carlos Guedes e Mário Laginha e a escrita mais ambiental de Luís Tinoco, não só o quarteto demonstra uma grande parte do imenso espectro sonoro à disposição da formação, como cria um todo coeso, não monótono, que justifica esta edição em disco.
A viagem que o disco nos propõe, atravessa ambientes familiares, em diversas representações, sempre musicais e sempre actuais. Um testemunho do potencial contido na união de quatro saxofonistas talentosos e da pertinência das práticas musicais escritas que não se deixam espartilhar por fronteiras estilísticas artificiais.

Quad Quartet, Now Boarding
Ed. de Autor, Portugal 2009

João Figueiredo (Sax Soprano), Fernando Ramos (Sax Alto), Henrique Portovedo (Sax Tenor) e Romeu Costa (Sax Barítono)

+ info: http://www.quadquartet.com

Texto escrito por João Martins, a 01/04/2009.
Depois de revisto e editado por Rui Eduardo Paes, foi publicado no nº 24 da revista jazz.pt.
A publicação do texto neste blog tem como principal objectivo promover a revista: compre ou assine a jazz.pt.
Categorias
comunicação design música

No melhor pano cai a nódoa

Terra, de Mariza, é um óptimo CD, musicalmente e é também interessante como objecto gráfico. Mas, o interior reserva uma surpresa gráfica, a que os amantes do detalhe e todos aqueles próximos das artes gráficas acharão muita graça. Se houvesse um prémio para a Gralha do Ano, ou coisa do género, cá estava um bom candidato.

Terra, de Mariza, interior do CD

A mensagem sobre a necessidade de respeitar os direitos de autor dos músicos e a arte final está em 4 línguas, mas reparem na versão francesa:

O texto em francês no interior do CD

😀

Que belo “Lorem Ipsum”… alguém na OgilvyOne se deve ter distraído.