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Ensino Artístico

Há muito, muito tempo, pouco tempo depois dos animais terem deixado de falar, eu assisti a umas discussões sobre eventuais reformas do Ensino Artístico. Era na altura aluno do Conservatório de Música de Aveiro e a urgência das reformas era já nessa altura qualquer coisa de mítico: falar sobre o estatuto dos Conservatórios, a integração dos currículos, as carreiras dos professores, os modelos de ensino… tudo parecia já ter sido dito e redito até à exaustão por equipas cada vez mais desiludidas e cansadas de esperar pelo cumprimento de qualquer compromisso por parte do(s) poder(es). A divisão no seio das “nossas” fileiras (a dos defensores do Ensino Artístico), a partir do momento em que a “coisa” aquecia ou parecia que algo podia de facto mudar, também era uma ameaça constante a pairar sobre as nossas cabeças…

Passou-se bastante tempo e fui sabendo, ao longe, de mais uns avanços e recuos e de como os moldes globais da”trama” pareciam inalterados. Agora, parece que a fúria reformista do executivo do Eng? Sócrates vai chegar ao Ensino Artístico. Eu não tive tempo para ler o estudo que serve de base às propostas, nem para ver em profundidade o que alguns dos intervenientes pensam de tudo isto, mas não consigo deixar de pensar que as alterações a fazer no Ensino Artístico serão, provavelmente, as que menos “ondas” vão provocar na sociedade portuguesa, mas das que terão um efeito mais profundo naquilo que seremos no futuro.

Para já, recolhi algumas referências para leitura futura. Depois, pode ser que consiga formar uma opinião e/ou juntar a minha voz à de outros…

Querem ler comigo? Vão até ao Artimanha, à Tónica Dominante, às Ideias Soltas e à MovArte, ver o que eles dizem sobre o tal Estudo de Avaliação do Ensino Artístico. Encontramo-nos aqui para falar sobre isso, depois. Até já.

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Surpresa!?

Aparentemente, o “material técnico do Rivoli foi uma surpresa amarga” para o La Féria.

Pus-me a pensar nos 5 espectáculos que fizemos nos últimos 4 anos no Rivoli e nas surpresas amargas ou, pelo menos, agridoces que fomos tendo. Nunca foram surpresas grandes, porque os raiders técnicos e a equipa residente faziam um bom trabalho a gerir as expectativas. Nunca tive (grandes) surpresas com a (falta de) qualidade da mesa de som ou com o número (reduzido) de microfones de lapela ou com qualquer outra coisa desse género, porque lia (e espremia) os raiders técnicos que me davam e fui (mal) habituado a trabalhar com o que tinha à disposição. Claro que, às vezes, mesmo assim, as surpresas surgiam e não foram poucas as dores de cabeça…

Mas não foi o La Féria que se candidatou à gestão do Rivoli? E fê-lo sem conhecer o equipamento? Sem estudar os dossiers técnicos? Que tipo de “surpresa” é a dele? Achava que o Rivoli era tipo Ovo de Páscoa, com brindes lá dentro?
Se não sabia com que é que podia contar, podia ter perguntado a quem quer que tivesse montado um espectáculo no Rivoli nos últimos anos, em vez de fazer o folclore do “se não fosse esta surpresa, estava pronto a estrear daqui a 10 dias”…

Brincamos?

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Impresa e Macintosh

Periodicamente acontecem coisas assim: alguém decide publicar alguma coisa— um website, um determinado conteúdo on-line ou num CD-Rom, uma mini-aplicação de uso geral…— esquecendo-se de que nem toda a gente usa computadores com sistemas operativos Windows. Não me irrito mais pela exclusão da minha plataforma de eleição, os computadores Apple Macintosh, do que por todas as outras e, acima de tudo, fico irritado quando percebo que, no fundo, se trata apenas de preguiça: preguiça dos programadores que não querem saber de plataformas que não as que usam no local de trabalho, preguiça de quem elabora cadernos de encargos e não se está para chatear com “pormenores” como “quem é o público disto”…

Desta vez foi a Impresa que se esqueceu da imensa minoria “diferente” no lançamento de novas funcionalidades da edição on-line do Expresso.

O Pedro Aniceto (que é mais do que um pai para a comunidade de Mac Users portugueses), preparou um textozinho de protesto, pronto a enviar para impresa@impresa.pt. Sendo ou não Mac User, se se irrita com a preguiça, junte-se a nós neste protesto.

Use o e-mail que se transcreve, ou se quiser ser preguiçoso como os programadores da Impresa, pode simplesmente clicar aqui.
O Pedro Aniceto pede para ser informado, em CC, para “medir” o pulso à dimensão do protesto e (imagino eu) avaliar acções futuras.

Para: impresa@impresa.pt
CC: aniceto@mac.com
Assunto: Macintosh/ Mac OS

Mensagem:
É possível que tenha sido um lapso. Ou um desconhecimento. Ou ambas as coisas. Ou ainda outras que não consigo sequer imaginar quais tenham sido.
Deixar de fora MILHARES de utilizadores de computador que não utilizam Windows como sistema operativo, é pouco inteligente, não revela grande visão do mercado e, em termos de gestão económica, muito pouco sagaz.
Talvez exista alguma estratégia genial de afastar leitores, tão genial que está escondida algures, mas tão bem escondida que se não vê…

Como leitor do Expresso e de alguns outros produtos Impresa, lavro aqui o meu protesto pela falta de respeito técnico (porque há tantas soluções para múltiplas plataformas que me dispenso de as enumerar).

Cumprimentos,

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