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Peixe para o Pedro Couto e Santos

Há dias troquei, via Twitter, umas impressões com alguns conhecidos digitais sobre peixe. A conversa começou com referências a sushi e acabou com uma declaração bombástica do Pedro Couto e Santos— cujo Macacos Sem Galho sigo com interesse já há algum tempo, nomeadamente as suas “postas paternais“. Dizia o Pedro, assim, sem mais:

não como peixe

Eu não sou propriamente um maníaco da comida saudável e não tenho interesses particulares no comércio de peixe, mas, talvez por ser de Aveiro, uma afirmação destas faz-me tremer nas bases. “Não come peixe?” Ainda que se depreenda que desta designação geral pode ficar de fora o bacalhau e o atum, porque para muito boa gente, estes “petiscos” não se qualificam para a designação geral— e, frequentemente pejorativa— de “peixe”, faz-me alguma confusão a frequência com que me apercebo da pouca importância que o peixe tem nas dietas de muitas pessoas esclarecidas. Porque será? Deformação/distorção do gosto ao longo do tempo? Prolongada falta de qualidade do peixe disponível nos restaurantes e/ou supermercados nas áreas de residência? Preguiça face ao trabalho acrescido que a preparação do peixe requer muitas vezes, quer a cozinhar, quer a comer?

Confesso que não é coisa para me tirar o sono, mas foi suficiente para me lembrar, ontem, enquanto comia uma belíssima dourada, que talvez umas sugestões simples possam impulsionar algumas experiências de (re)descoberta do peixe. Por isso, cá fica a sugestão:

Pedro: vê neste livro da Paula Veloso (nutricionista), Dieta Sem Castigo, algumas sugestões de preparação simples e adequada a crianças de muitas coisas, entre as quais, alguns pratos de peixe que lá em casa têm feito sucesso. Um deles é o processo de cozinhar peixe fresco no micro-ondas, com resultados extraordinários e sem trabalho nenhum. Podes comprar o peixe já amanhado, mas não escamado e, depois, só tens que o pousar numa cama de sal e cobri-lo com sal, também, e enfiar no micro-ondas. É uma questão de minutos até estar completamente cozinhado e fica muito bom. Podes inclusivamente comprar o peixe e congelá-lo em casa (comprar congelado é que não é aconselhável), desde que depois o deixes a descongelar naturalmente. Nós comemos douradas assim com alguma frequência e gostamos muito. A Maria, particularmente. E, no caso da dourada, tirar a pele (com o sal) e depois as poucas espinhas que tem é mesmo muito fácil.

E então? Nem assim comes peixe?