É o nome do meu pai, que hoje circulou nos rodapés dos noticiários a propósito do Prémio Nacional do Professor.
É estranho ser filho do primeiro laureado com esta distinção. Como se o facto de toda a gente ficar a saber aquilo que para mim era óbvio há muito— que ele é «um exemplo de cidadania e um mestre no verdadeiro sentido do termo»— me deixasse “desprotegido” ou “exposto”.
Mas nada do que possa ter sido dito agora, a propósito dos méritos do laureado, será novidade para quem o conhece como pessoa e/ou como professor (que são coisas difíceis de distinguir) e, sendo evidente que os prémios valem o que valem, não deixa de ser reconfortante que, de vez em quando, acertem nas escolhas.
Eu fico com o orgulho próprio de “filho babado” e com o sorriso interior de saber que talvez tenha aprendido com o professor laureado, meu pai, coisas preciosas e únicas… mas suspeito que muita gente partilha dessa sensação e é ela que justifica o próprio prémio. 😉
Mas se passarem por ele, no Lado Esquerdo, ou nas Geometrias, por exemplo, cumprimentem-no como se nada fosse: apesar de tudo, ele é um moço reservado. 😉