Texto escrito por João Martins. Depois de revisto e editado por Rui Eduardo Paes, foi publicado no nº 25 da revista jazz.pt.
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Herculaneum III, Herculaneum
CLASSIFICAÇÃO: 2.5 / 5
Herculaneum, o septeto de Chicago, que tem como principal compositor o seu percussionista Dylan Ryan, apresenta um conjunto de temas que fazem um uso inteligente das particularidades tímbricas das diferentes combinações de instrumento que o compõem e que consegue afirmar várias dimensões de ensemble, ora soando como uma mini-orquestra, ora deixando toda a acção a cargo de um duo ou trio, como no princípio de “Lavender Panther” ou “Mahogany”. A diversidade instrumental é fundamental para afirmar os momentos mais interessantes do álbum, com o vibrafone e a flauta a permitirem a afirmação de momentos completamente diferentes daqueles que se conseguem com os metais e as madeiras. A energia rítmica que se sente em parte dos temas é igualmente interessante e a interpretação é bastante competente. Mas a qualidade da gravação não é das melhores e, infelizmente, a escrita dos temas, não mantém sempre um nível elevado o que, apesar dos esforços interpretativos dos 7 músicos, faz com que o disco não mantenha um interesse constante, sendo de escuta bastante agradável, mas pouco desafiante.
Herculaneum III, Herculaneum
Gravado em 2007 (EUA)
Edição Clean Feed 2009
- John Beard, guitarra
- David Mcdonnel, sax alto e clarinete
- Nick Broste, trombone
- Patrick Newberry, trompete e feliscórnio
- Nate Lepine, flauta
- Greg Danek, contrabaixo
- Dylan Ryan, bateria e vibrafone