Como continua a ser verdade que, neste país provinciano e parolo, muitas decisões estão nas mãos de gente que, sem pensar, sente que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”, este mês de Outubro, em que o Visões Úteis volta a pisar palcos da capital, é estranhamente importante:
- 11 de Outubro – O Contrabaixo na Fábrica do Braço de Prata
- 15 a 26 de Outubro – Muna no Teatro Nacional D. Maria II
- e ainda (fora de Lisboa), Adúlteros Desorientados
7 de Outubro – no Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia
30 de Outubro – no Museu da Olaria em Barcelos
Os espectáculos em Lisboa, envolvem-me “fisicamente”, um pouco para lá dos limites do estritamente necessário para assegurar a bandas sonora e sonoplastia.
Gosto de fazer O Contrabaixo e assumir a condição de “músico em cena”. O texto do Süskind é brutal (e um músico percebe isso um bocadinho melhor) e agrada-me a simplicidade, a portabilidade e a eficácia da encenação, além de não me deixar de surpreender com a interpretação do Pedro. E um espectáculo de teatro que tanto se faz em bares, como em auditórios (como em estações de metro), sem perder a eficácia, é, por definição, um espectáculo “forte”.
Já o Muna, é “outro campeonato”: no que exige de cada um de nós, criadores, intérpretes e técnicos; no que exige do espaço; no que exige do(s) público(s)… ficará seguramente na História do Visões Úteis e, havendo alguma justiça, ficaria noutras Histórias, mais globais.
Na minha, como músico e sonoplasta, como inventor e construtor de instrumentos, como performer e como pessoa (e pai) fica certamente. E o esforço de adaptar o espectáculo à sala-estúdio do TNDMII está também a revelar-se digno de antologia, mas é sempre preciso sofrer qualquer coisa pela “Arte”. 🙂
Dos nossos amigos e conhecidos na capital, espera-se algum apoio: pela presença e por algum apoio na divulgação. Obrigado.