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Bebé – Livro de Instruções

Bébé - Livro de Instruções, arteplural ediçõesTodos os pais “por estrear” passam pelo ritual de ouvir centenas de conselhos contraditórios acerca do processo e de toda a experiência, desde que se sabe da gravidez. Toda a gente tem palpites, saber “de experiência feito”, truques e dicas, que vai partilhando com mais ou menos insistência, mais ou menos seriedade na voz. E é habitual que se diga, como “desculpa” para todas as dúvidas que possam surgir, que “os bebés não trazem livro de instruções”. Como se pode ver, isso já não é completamente verdade: o livro de Joe e Louis Borgenicht não vem com o bebé, é um facto, mas é mesmo um livro de instruções: com diagramas, listas de peças, questões frequentes, conselhos de utilização e, acima de tudo uma abordagem à puericultura bem diferente da habitual, cheia de fotografias “queridinhas” e inúteis e “paleio” mais ou menos metafísico.

Como se diz na contracapa, este é mesmo um “manual para principiantes sobre Tecnologia de Recém-nascidos“. Muito adequado para espíritos mais “técnicos”e uma óptima combinação de útil, agradável e divertido. E, sinceramente, acho que o trabalho de ilustração é uma óptima demonstração da utilidade do (bom) desenho na comunicação técnico-científica: muitas questões e explicações são bem mais evidentes numa boa ilustração do que em várias fotografias. No caso da puericultura, o que se perde no factor “que bébé tão fofinho!”, ganha-se na clareza do “ah! é assim que se pega no bébé… nunca tinha percebido onde ficava a outra mão”.

O Grande Livro do Bebé, de Mário CordeiroMas mesmo numa altura de aprendizagem acelerada, acho que a primeira escolha em termos de literatura técnica de puericultura continuaria a ser O Grande Livro do Bebé, de Mário Cordeiro, por ser mais aprofundados e por estar claramente pensado em termos da nossa realidade nacional.

Acima de tudo, é óptimo poder escolher e variar. E uma coisa é certa: independentemente da literatura consultada, teremos sempre a família, os amigos, os conhecidos e até alguns desconhecidos, disponíveis e desejosos de partilharem a sua experiência ou mesmo “coisas que ouviram dizer”.

“O saber não ocupa lugar”, não é?

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Maria

Depois de se ter esquivado à curiosidade dos futuros pais e dos médicos em todas as ecografias anteriores, ontem decidiu que era altura de sabermos. Talvez para nos podermos finalmente começar a referir a ela pelo nome.

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Ano novo, vida nova

Esta expressão estafada ganhou um novo significado para mim, desde que sei que vou ser pai em 2008: este novo ano tem, de facto, a promessa de uma nova vida.

Como qualquer “pai a estrear”, as dúvidas e inquietações misturam-se com a imensa excitação da concretização última de um projecto de vida. E, de repente, todos os clichés do novo ano, com as suas resoluções, planos e balanços surgem numa nova perspectiva. Há algo de profundamente “zen” em tudo isto, na forma como, de repente, as coisas parecem reordenar-se de acordo com uma nova escala de importância. Uma escala que tem tanto de real como de natural e intuitiva.

E um dos aspectos mais enriquecedores desta experiência é a sensação de estar constantemente a aprender. Duma forma surpreendente, é como se nos (re)orientássemos para encontrar em cada conversa, em cada situação quotidiana, em cada leitura, os bocados de informação eventualmente útil para a aparentemente impossível missão da paternidade. Um mecanismo básico de sobrevivência da espécie, sem dúvida.

Assim, esperando não maçar nenhum dos leitores, inauguro para 2008, uma categoria do blog a que chamo “paternidade”. É possível que venha tudo aqui parar.