Categorias
blog internet portugal Visões Úteis web 2.0

Web Ranking?

Um dos temas que me “fascina”, ultimamente, é a questão da visibilidade dos sites na net (a popularidade e outras métricas possíveis), não só por poder ser uma área séria e fundamental de intervenção por parte de quem, como eu, assume a responsabilidade de pôr coisas on-line— o pior que me podia acontecer era despejar inadvertidamente demasiados conteúdos para a “invisible web“—, mas porque é um sector de actividade onde acontecem as coisas mais estapafúrdias e onde os personagens mais execráveis tentam lucrar com as incertezas, ignorâncias e desespero de empresas, criadores de conteúdos pouco experientes e demais “curiosos”. Mecanismos de “ranking” surgem um pouco por toda a parte mas, mais do que isso, promessas de “curas milagrosas”
para a pobre performance de qualquer site em motores de busca e afins, inundam a web, à caça dos incautos.
E a julgar pelo panorama, não devem ser poucos os incautos…

A mim o que me interessa é perceber os mecanismos de classificação usados pelos diversos rankings, os processos usados para recolher a informação estatística relevante, a definição dos universos (a amostra) e o cruzamento desses diversos componentes… quando consigo juntar dados e comparar fico sempre surpreso. Uma das coisas mais surpreendentes é a escassez de informação acerca de tantos mecanismos de classificação e a quase omnipresente distorção regional/local. Com quase todos os mecanismos a actuarem (naturalmente) à escala global, a verdade é que os esforços de aproximação a realidades regionais ou locais (ou até sectoriais) trazem-nos resultados surpreendentes.

Estou a preparar uma espécie de estudo comparativo para tentar perceber primeiro, para depois explicar, o funcionamento profundo de alguns destes mecanismos, como o Google PageRank, o Alexa Rank, a Authority do Technorati e, mais do que truques e dicas para lhes tentar dar a volta, interessa-me perceber a relevância de cada mecanismo, cruzando a atribuição de “relevância”, “autoridade” e “popularidade” com o número real de visitas, que contínua a ser apenas acessível através dos relatórios (logs) registados em cada servidor, ou por intermédio de tracking externo, como o Google Analytics.

Para terem uma ideia da “distorção” introduzida por estes sistemas, comparo este meu blog com o site do Visões Úteis:

ESTATÍSTICAS www.visoesuteis.pt joaomartins.entropiadesign.org
Nº de visitas por mês: 4.917 1.318
Nº de páginas visitadas: 6.154 1.907
Profundidade das visitas (page hits/visits): 1,25 1,45
RANKING
Google PageRank 4/10 3/10
Alexa Rank 2.661.423 929.063

fontes:
www.visoesuteis.pt – log do servidor, interpretado por Webalizer, dados
de Abril de 2007.
joaomartins.entropiadesign.org – Google Analytics, dados de 15 de Abril
a 15 de Maio.
Para consultar rapidamente os rankings, tenho o SearchStatus, uma extensão do Firefox.

Se numa análise rápida vos escapar o “drama”, esclareço que, em termos de Alexa Rank, quanto menor, melhor… percebem?

É um exemplo muito básico e incipiente, mas assim se percebe bem a existência de duas realidades paralelas: os dados concretos de número de visitantes deviam ser um dado determinante, mas como esses dados não são públicos, os sistemas de ranking só podem usar uma de duas alternativas:
Avaliar o comportamento num sistema externo, como é com o Google PageRank.
OU
Usar uma amostra necessariamente distorcida de utilizadores que permitem que o seu tráfego seja monitorizado, como é no caso do Alexa Rank.

Que fiabilidade têm estes sistemas? A primeira hipótese, tratando-se de um sistema como o Google, permite uma visão não demasiado distorcida e, apresentada como aquilo que é— a relevância no âmbito do Google— não engana ninguém. Já a segunda hipótese é de loucos. Aceito a utilidade destes rankings para profissionais do comércio electrónico (o Alexa é um sistema da Amazon, para apoiar a construção do programa de afiliados), mas no global, não podemos confiar nos dados, como a minha experiência demonstra. E, pelo que tenho visto, a distorção aumenta com as especificidades regionais (qual o nível de utilização da Alexa Toolbar ou semelhante pelos internautas portugueses? não se sabe…).

Categorias
arquitectura calendário cidadania cidade concertos F.R.I.C.S. música portugal space ensemble teatro Visões Úteis

Concertos F.R.I.C.S.

Porque “não há fome que não dê em fartura” ou qualquer outra coisa do género, cá estão anúncios vários para preencher os próximos dias até ao final do mês. Temos, além da estreia do Visões e da apresentação de “O Contrabaixo” na Serv’Artes, concertos F.R.I.C.S. no Porto e em Bragança.
Um mês que acaba em grande, para dar lugar a outro que abre com concertos do Space Ensemble.

Crise? Qual crise?

Quinta-feira, 24 de Maio, 21h30
Casa Viva, Praça Marquês de Pombal, 167, Porto

José Mário Branco
Fanfarra Recreativa e Improvisada Colher de Sopa/F.R.I.C.S.

Num evento organizado pela Plataforma Artigo 65, integrado num conjunto de acções de sensibilização para o direito a uma habitação condigna para todos os cidadãos, a F.R.I.C.S. tem a arrepiante honra de partilhar a sala e, se tudo correr bem, a atenção do público, com esse enorme vulto da música (e não só) portuguesa que é José Mário Branco. Um momento que será contado vezes sem conta a várias gerações de descendentes fanfarreiros!

mais info: plataformaartigo65.org, soopa.org e casa-viva.blogspot.com

+++++

*Capitais*De*Distrito*Por*Ordem*Alfabética*Tour #4

Sábado, 26 de Maio, horários flexíveis
Um ou vários locais a designar, Bragança

Refeita das emoções da antevéspera, a F.R.I.C.S. volta a fazer-se à estrada para mais uma paragem da *Capitais De Distrito Por Ordem Alfabética Tour*. À boa maneira portuguesa, o local do concerto ainda não foi determinado (agradecemos propostas e sugestões), pelo que é possível que a F.R.I.C.S. espalhe a sua alegria quântica e multipolar pelas ruas da bela cidade transmontana.
Esperamos (mais uma vez, um acto intrinsecamente português) adiantar mais informações sobre este concerto em próximas edições.

mais info: myspace.com/fanfarraimprovisada

Categorias
arquitectura calendário cidade música portugal teatro Visões Úteis

O Resto do Mundo

O Resto do Mundo

O Resto do Mundo é a segunda produção do projecto “A Caminho do Resto do Mundo”, uma reflexão sobre o nosso tempo e lugar a partir da escrita de Joseph Conrad.

Inspirados por “Heart of Darkness”, um texto que é sobretudo conhecido pela adaptação ao cinema de Francis Ford CoppolaApocalypse Now -, criamos um espectáculo num táxi perdido no Azevedo, o Porto para lá da circunvalação, a cidade onde não se vai.

O Resto do Mundo é um espectáculo de teatro in itinere, que dá continuidade aos audio-walks criados pelo Visões Úteis, bem como a uma reflexão – sobre a paisagem urbana – que atravessou todo o século XX – desde Dadaístas e Surrealistas, passando pelos Situacionistas e pela Land Art.

Estreia a 25 de Maio de 2007 no FITEI

Categorias
cidadania porto portugal teatro Visões Úteis

Surpresa!?

Aparentemente, o “material técnico do Rivoli foi uma surpresa amarga” para o La Féria.

Pus-me a pensar nos 5 espectáculos que fizemos nos últimos 4 anos no Rivoli e nas surpresas amargas ou, pelo menos, agridoces que fomos tendo. Nunca foram surpresas grandes, porque os raiders técnicos e a equipa residente faziam um bom trabalho a gerir as expectativas. Nunca tive (grandes) surpresas com a (falta de) qualidade da mesa de som ou com o número (reduzido) de microfones de lapela ou com qualquer outra coisa desse género, porque lia (e espremia) os raiders técnicos que me davam e fui (mal) habituado a trabalhar com o que tinha à disposição. Claro que, às vezes, mesmo assim, as surpresas surgiam e não foram poucas as dores de cabeça…

Mas não foi o La Féria que se candidatou à gestão do Rivoli? E fê-lo sem conhecer o equipamento? Sem estudar os dossiers técnicos? Que tipo de “surpresa” é a dele? Achava que o Rivoli era tipo Ovo de Páscoa, com brindes lá dentro?
Se não sabia com que é que podia contar, podia ter perguntado a quem quer que tivesse montado um espectáculo no Rivoli nos últimos anos, em vez de fazer o folclore do “se não fosse esta surpresa, estava pronto a estrear daqui a 10 dias”…

Brincamos?