Estou em Parma já há uma semana.
O diário que podia manter aqui, tenho-o mantido em trocas de e-mails com os meus pais e com a Cláudia.
Depois há um outro blog, privado, onde todos os que trabalham neste projecto Errare vão depositando as suas impressões.
Nas esperança de que sejam úteis, ou para descarregar a consciência do inevitável sentimento de férias que nos invade quando damos por nós num país estranho, num grupo estranho, com condições para fazer apenas o trabalho de que gostamos e tempo livre para exercitar o espírito.
Fartamo-nos de trabalhar, essa é a verdade, mas não sei se conseguiremos sacudir esta sensação pecaminosa de férias nos tempos mais próximos, enquanto o essencial do nosso trabalho for passear pelo centro da cidade e tentar conhecê-la.
Talvez por isso andamos até nos doerem as pernas e, certamente por isso é que acordo todos os dias às 8h30 da manhã para vir ao “Local de trabalho”, pôr correspondência em dia e arejar o “estúdio”.
Em boa verdade, estes dias para mim são de grande ansiedade, também. É cada vez mais óbvio que, para mim, este projecto será como uma maratona, um esforço brutal e prolongado. E que estes são os dias que tenho para me preparar para isso.
Mas vive-se bem em Parma.