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A minha agenda

O Space 2004 e a comemoração dos 10 anos do Visões Úteis são as tímidas razões por mim invocadas para perder o concerto da Beast Box e do Anthony Pateras que o Gustavo tão bem sugere.
Desta vez tenho desculpas, mas reconheço que faço parte do grupo de execráveis que não vê nem a Quinta das Celebridades, nem a(s) Feira(s) de Vaidades, sejam em Serralves, no TeCA ou na Casa da Música; tenho a mania de que estou muito ocupado e sofro também daquele trauma (quase) inconfessável de responder à falta de público com que sou “brindado” com um toque da apatia de que fala o Gustavo.
Inconfessável e imperdoável.

Mas este fim de semana estarei, de facto, ocupado:

Hoje, sexta-feira, concerto na RUC, em Coimbra, no âmbito do Space 2004, com o Henrique no contrabaixo e o João Tiago na percussão;

Amanhã, sábado, concerto no Porto Rio— aquele de que fala o Gustavo— para encerrar em festa o Space 2004;

Domingo, em Braga, numa extensão do Space 2004, um concerto no VELHA-A-BRANCA, estaleiro cultural.

Um fim de semana de arromba!
Considerando a constipação com que estou, espero que não “arrombe” demais. 😉

Depois, virá a apresentação da Orla do Bosque em Bragança, no próximo dia 22, no âmbito do Aqui e Agora, que pretende celebrar os 10 anos do Visões e já nos fez passar por Vila Real com o 667 e as Seis Gaivotas.
Coimbra e o Porto são as outras duas cidades que fazem parte da nossa agenda.

E, por falar em agendas, sou só eu que sinto a necessidade de encontrar um espaço único, bem organizado, onde os eventos culturais são anunciados de forma sistemática?
É que, depois de ter sido responsável pelo site da Agenda do Porto, nos primeiros anos da sua publicação, custa-me a acreditar que não tenha sido possível fazer um “saltinho” tecnológico que pusesse aquilo a correr sobre uma base de dados (que até poderia ser integrada com outras), que permitisse pesquisas reais, actualizações independentes da versão on-line… E se a Agenda do Porto está assim, como estão as outras? Que Serviços Públicos é que se prestam on-line a esse nível? Porque é que o Guia do Lazer do Público é o resultado mais normal numa busca do Google por “eventos culturais em Portugal”?

Sou só eu que acho, ou é normal pensar que acções de difusão e divulgação da actividade cultural e criação e fidelização de públicos (novos e velhos)— que são um dos instrumentos explícitos de intervenção cultural do Estado (ou já não?)—, deveriam ser suportadas e encorajadas, especialmente em meios de divulgação tão eficazes, imediatos, ecológicos e económicos como são os meios electrónicos?

Por mais que me custe, há uma máxima do Bill Gates que se adequa a esta situação:

“The first rule of any technology used in a business is that automation applied to an efficient operation will magnify the efficiency. The second is that automation applied to an inefficient operation will magnify the inefficiency.”  
Bill Gates

A operação cultural do Estado está largamente afectada por esta segunda regra.
Se, ao menos, fosse só essa operação…

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