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Por razões várias, tenho andado a “deixar escapar” algumas ideias que tomam a forma de vídeos.
Não são “objectos artísticos”, nem sequer operações de registo.
São esboços, as pequenas coisas que se conseguem fixar de ideias tão vagas e volúveis que não sei bem explicar de onde vêm ou para onde irão.
Mostrá-las talvez seja uma forma de perceber.

VÍDEOFRACTAIS
Uma sequência de exercícios sobre o acto de registar o acto de registar…
Uma câmara apontada a uma televisão, à qual está ligada, registando e transmitindo a imagem.
Um processo iterativo.

cliquem na imagem para ir para a página do filme

DA REPETIÇÃO DO QUOTIDIANO
Numa viagem de comboio entre o Porto e Aveiro, dei por mim a olhar para a forma como se organiza o espaço duma carruagem: agora não têm separações e são uma espécie de grande corredor em que os elementos (postes, bancos, portas, luzes) se repetem e as pessoas se espalham pelo espaço incrivelmente ordenado e direccionado. Nessa ordem, repetitiva e simétrica, o movimento e as curvas suaves que o comboio é obrigado a fazer parecem distorcer o espaço e os nossos olhos seguem as linhas curvas e tremidas que a sequência perspéctica de postes, bancos e luzes nos apresenta e podemos acabar a pensar se é o comboio que se contorce e estremece percorrendo a paisagem, ou se é simplesmente a nossa mente que “abana” a nossa percepção para afastar o sono.
Porque quando dormimos, o comboio parece ser apenas um contentor sólido e inflexível que nos transporta em linha recta da partida à chegada.
Mas se abrirmos os olhos…

Para ver e comentar.

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