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Efémero

Cheguei a casa vindo do magnífico concerto do Hermeto Pascoal, e encontrei, junto à porta do prédio esta informação prestada pela Companhia de Teatro de Aveiro – Efémero:

Efémero, divulgação da reposição do Fungagá

vão repôr o Fungagá, mas…

Efémero, divulgação da dÃvida da Câmara

Estão há 3 anos e meio à espera da regularização dos apoios por parte da Câmara?!
130.000€ que Alberto Souto admite não pagar?!

Não esperava acções deste tipo durante a campanha, porque os criadores costumam ser pacientes até ao limite do suportável. Pelos vistos, ultrapassou-se esse limite.

Depois duma noite de música e partilha cultural tão boa, fiquei mal disposto e com mais certezas acerca da necessidade de contribuir para a oposição a este executivo que teve no debate sobre cultura no Navio de Espelhos a oportunidade de atenuar este conflito latente e ainda assim preferiu ignorar e partir do princípio que ninguém ia levantar ondas…

E agora, Pedro Silva?

8 comentários a “Efémero”

Contratos-programa é do que certas “associações” – sobretudo se, na prática, forem quase unipessoais – precisam. Assim, passam a ter que apresentar trabalho (espectáculos, no caso) como contrapartida do respectivo financiamento.

A dignidade do movimento associativo passa por isso mesmo: obrigações bilaterais.

Se me permite a sugestão, tire uns minutos e informe-se – mas com todo o rigor – sobre como foi o funcionamento e actividade da Efémero…

Ass: um sincero defensor do movimento associativo

Caro João,

Ao menos não post de forma capciosa … fica-lhe mal.

Como vexa bem sabe, há pelo menos um dirigente do Teatro da Trindade quye é candidato à autarquia nas listas (que também são suas) do Bloco.

Fica-lhe mal, a ele e a si.

É estranho ser tratado como “vexa” por um anónimo.
Talvez deva agradecer e retribuir…

Queixa-se o Efémero do incumprimento do protocolo celebrado pela Câmara e “vexas”, desviam para canto, trazendo ao baile o Rui Sérgio, que é candidato pelas listas do Bloco e é director-adjunto do Teatro da Trindade, estrutura que tem co-produzido alguns espectáculos recentes do Efémero.
Podiam, em alternativa, falar do Carlos Fragateiro, director do mesmo Teatro da Trindade, fundador do Efémero, que se diz socialista, mas afirmou, para quem quis ouvir, que o PS precisava de pensar porque é que tanta gente válida da área da cultura estava agora nas listas do Bloco.

Aliás, no debate no Navio de Espelhos, como já referi, todos os intervenientes desta polémica latente estiveram presentes e sobre a regularização dos apoios às estruturas associativas, o vereador Pedro Silva mostrou-se disponível para resolver “imediatamente” os “dois ou três casos pontuais” que continuavam pendentes.

Pelos vistos não resolveu, nem se dignou a iniciar um diálogo com a CTA – Efémero que evitasse esta tomada de posição pública.

Em que é que alguma destas coisas me fica mal a mim ou ao Rui Sérgio?

Ao “sincero defensor do moviemnto associativo”:

Eu faço parte, como membro criador activo, de estruturas teatrais profissionais dependentes de subsídios (como a quase totalidade das estruturas teatrais do tecido cultural português).
Na minha acção e da estrutura com que colaboro regularmente (Visões Úteis, Porto) está presente de forma constante a noção de que o apoio que recebemos do erário público tem que ser convertido em mais valias para o interesse público.
Sobre as obrigações e a natureza bilateral dos protocolos estamos conversados.

Sobre a actividade do Efémero, tenho a noção que passou por momentos melhores e momentos piores, com reestruturações, adaptações às mudanças infraestruturais na cidade, etc.

Mas uma coisa lhe garanto: a sustentabilidade de qualquer projecto cultural depende do nível de confiança que as entidades podem ter nos seus financiadores. Só essa confiança permite planificar a actividade e cumprir com os objectivos de curto, médio e longo prazo.
Basta pensar na actual situação das estrutras teatrais do norte do País e nos danos irreversíveis que estão a ser feitos nessa dinâmica para compreendermos porque é que a confiança é fundamental.

Por isso é que o não cumprimento dum protocolo, como este entre a Câmara e a CTA – Efémero é altamente penalizador não só para a Efémero, mas para o tecido cultural do município: porque o abalo na confiança dos agentes culturais vai-se multiplicando, em vagas, limitando a capacidade de planear para o futuro, ter projectos optimistas e apostar no crescimento.

E se há obrigações do Efémero que não foram cumpridas e que possam justificar a renegociação ou suspensão do protocolo, venham daí os motivos.

Sem anonimatos e sem paninhos quentes.
A bem do interesse público até se devia ter aproveitado a oportunidade no Navio de Espelhos para ouvir as razões da Cãmara.

Não acha?

Lamento mas não estive presente no debate no navio dos espelhos.

Quanto ao anonimato vexa é que o permite e eu .. aproveito!

Mais lhe pergunto se acha bem que organismos do Estado devem fazer este tipo de acções políticas ( porque o é! ) ??

Permito comentários anónimos porque me interessa ser estimulado.
Mas, de facto, “não gosto de espaços íntimos anónimos” e é por isso que este blog é assinado com o meu nome e contém todos os dados necessários para que os leitores me identifiquem.
Não baralhem tudo…

Quanto a “organismos do estado” a fazer “este tipo de acção política”… perdi-me.

Imputa a responsabilidade de publicação e divulgação do folheto ao Teatro da Trindade?

Acha que a denúncia do incumprimento dum protocolo de apoio é uma “acção política”?

Acha que a demissão do José Wallenstein do cargo de director do TNSJ por falta de financiamento da actividade daquele Teatro Nacional foi uma “acção política”? Ou qualquer outro acto de protesto de directores de teatros nacionais e/ou municipais face aos desmandos da tutela?

As duas partes da questão são importantes.
Eu, pessoalmente, não acho que os diversos organismos do estado, na sua relativa autonomia, possam operar em circuito fechado (temos exemplos vários de estruturas que “apodreceram” por não serem capazes de exteriorizar os seus portestos).
Por outro lado, não me parece minimamente razoável tentar atribuir, neste episódio que envolve o Efémero, uma responsabilidade central ao co-produtor Teatro da Trindade. Ou estava-se a referir ao Departamento de Comunicação e Arte da UA que é parceiro também na produção do Fungagá?

Tantas voltas para tentar menorizar esta denúncia clara da CTA – Efémero…

“vexas” anónimas têm a certeza que não estão aqui apenas para tentar defender a posição da Câmara, a todo o custo?

Não era mais eficaz uma declaração do vereador do Pelouro, que no Navio de Espelhos parecia disponível para resolver a questão rapidamente?

Das estratégias de “vexas”, saberão “vexas” melhor que eu.

A suprema indignidade da Efémero é que, depois de ter estado quase dois anos sem produzir um único espectáculo e, por causa disso, o Souto se recusar – e bem – a não pagar o apoio à produção inexistente, ainda vir denegrir o homem…Realmente é o cúmulo. Então achavam bem que a Efémero, então apenas com um luminotécnico no activo e que trabalhava para fora- pudesse ter recebido a massa sem trabalhar ??? Haja decoro…

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