Provavelmente porque da última vez correu bem, pediram-me uns efeitos sonoros para uma Festa de Natal dum Jardim de Infância. Mas desta vez, pediram-me apenas um “rufo de bateria, daqueles que se usam para aumentar o suspense” e pediram dum dia para o outro.
Como a biblioteca de sons e o sampler não estavam à mão, recorri ao The Freesound Project, donde já tinha retirado samples de gravações de campo “exóticas” para adensar algumas texturas e paisagens em A Frente do Progresso e O Resto do Mundo. Não tenho vergonha nenhuma em usar este tipo de recursos no meu trabalho profissional (pelo contrário) e acho que este modelo colaborativo é uma forma óptima de criar uma grande biblioteca de sons (com boas e más amostras, como todas as outras) de utilização livre. A única vergonha que tenho é ainda não ter contribuído para a biblioteca comum, até porque tenho bastante material que posso partilhar com a licença Creative Commons Sampling Plus License.
Como com o software livre, o fundamental é perceber que “it’s free as in free speech and not free as in free beer“. No caso do The Freesound Project, é livre e gratuito, pressupondo apenas um registo e o respeito pelo termos da licença Creative Commons Sampling Plus License. E, como nos outros projectos colaborativos livres, faz parte colaborar quando se pode para apoiar o seu crescimento. Sinto-me em falta.