Categorias
paternidade

Ano novo, vida nova

Esta expressão estafada ganhou um novo significado para mim, desde que sei que vou ser pai em 2008: este novo ano tem, de facto, a promessa de uma nova vida.

Como qualquer “pai a estrear”, as dúvidas e inquietações misturam-se com a imensa excitação da concretização última de um projecto de vida. E, de repente, todos os clichés do novo ano, com as suas resoluções, planos e balanços surgem numa nova perspectiva. Há algo de profundamente “zen” em tudo isto, na forma como, de repente, as coisas parecem reordenar-se de acordo com uma nova escala de importância. Uma escala que tem tanto de real como de natural e intuitiva.

E um dos aspectos mais enriquecedores desta experiência é a sensação de estar constantemente a aprender. Duma forma surpreendente, é como se nos (re)orientássemos para encontrar em cada conversa, em cada situação quotidiana, em cada leitura, os bocados de informação eventualmente útil para a aparentemente impossível missão da paternidade. Um mecanismo básico de sobrevivência da espécie, sem dúvida.

Assim, esperando não maçar nenhum dos leitores, inauguro para 2008, uma categoria do blog a que chamo “paternidade”. É possível que venha tudo aqui parar.

4 comentários a “Ano novo, vida nova”

Parabéns, João e Cláudia!
Por razões estranhas, estúpidas ou desrazões simplesmente só nos temos falado a espaços.
Não queria, no entanto, deixar de vos desejar toda a felicidade do mundo e ao vosso bebé (ele ou ela, não sei).
João: eu, que só sei o que é ser mãe (mas ser pai não deve ser muito diferente), posso dizer que sim, tudo ganha outra dimensão. E é bom. Tornamo-nos, pais e mães, fortalezas frágeis. Sabemos que as nossas crias dependem de nós. No sentido mais primário. E é bom, apesar de também ser um bocadinho assustador. É poder demais nas nossas mãos – ou melhor: demais no coração e de menos nas mãos. Mas deixa, temos a maior compensação das nossas vidas: podemos ser narcisistas sem remorsos, porque o centro do mundo já não será, nunca mais, o nosso umbigo, e sim o dos nossos filhos…
Além disso, podemos sempre saber que cada uma das nossas árvores de Nogueira já tem guardião!
Um abraço comovido aos três,
Susana

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.