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Até onde pode ir o Software Livre no Estado Português?

É uma óptima pergunta, não é?

O site Software Livre na AP procura ser parte da resposta:

Este local é um repositório de conhecimento em software livre (Open Source Software – OSS) das entidades do Estado Português e destina-se a ser um ponto de encontro e troca de experiências entre todos aqueles que, ao serviço do Estado, o utilizam. Deste contributo resulta uma mais-valia incalculável para quem pretende vir a utilizá-lo.

Associação Ensino LivreMas a navegação pelos incipientes exemplos de boas práticas dá-nos uma visão deprimente, ainda que realista, do panorama. Uma das áreas fulcrais (porque tem grandes impactos a prazo) é a Educação, e é por isso que a recém-criada Associação Ensino Livre pode vir a ter uma grande importância na definição duma dinâmica diferente.

É que a resposta à pergunta que serve de título a este artigo está na educação. É nas escolas, em todos os graus de ensino, que se podem inverter práticas perversas, criar novos hábitos, difundir novas posturas éticas.

Pessoalmente (e localmente), não posso deixar de lamentar o afastamento que a Universidade de Aveiro, que tanto se orgulha do seu papel pioneiro em tantas áreas, mantém, relativamente ao Software Livre. E não posso deixar de me interrogar, por causa do peso que a UA tem na dinâmica “local”, como seriam as coisas na autarquia, por exemplo, se o “contexto” fosse mais favorável à adopção destas soluções.

Mas quais serão os factores que determinam o grau de penetração do Software Livre nas diferentes áreas da Administração Pública portuguesa (nas autarquias, por exemplo)?

  • Opções políticas?
  • Dimensão e complexidade dos sistemas implementados?
  • Grau e antiguidade da informatização dos serviços?
  • Dependências económicas?
  • Competência do apoio técnico disponível?
  • Proximidade de prestadores de serviços/soluções diversificados?

A resposta será sempre multifacetada e há algumas partes da resposta mais defensáveis (e confessáveis) do que outras, como é óbvio. Mas era importante que se reflectisse publicamente sobre isto, porque esta é uma questão pública, por mais que se tente disfarçar.

Para esta reflexão, todas as contribuições são bem vindas.

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