A paixão e a raiva. O sonho, a ilusão e o desencanto. A coragem, a generosidade imensa e a coerência inflexível de quem sabe que vai mudar o mundo. De quem já o mudou, mesmo sem saber. O José Mário Branco é, sem sombra de dúvida um dos autores maiores da música portuguesa. E isso não é o menos.
Além disso, leva-me, em cada palavra, em cada grito de luta, em cada lamento, em cada interrogação a um país e a um mundo que também sonhei e sonho.
Não se passa um 25 de Abril (no calendário ou na alma) em que não o recorde, o use e dele abuse.
E que se lixe o pudor: o José Mário Branco é a cara e a voz do meu 25 de Abril, em que a “cantiga é uma arma”.
E é um músico imenso que só não ouve e reconhece quem tem os ouvidos cheios de uma qualquer porcaria que me é até difícil de descrever. Ouçam-no, a ele, por ele ou por outros e descubram-no. Vale a pena.
Um comentário a “O meu 25 de Abril tem uma cara e uma voz”
FMI Não há lenha que detenha o FMI .o/