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Mudar de vida

É frequente pensar na necessidade de mudar de vida. Nas pequenas rotinas e nas direcções globais. Mas é raro sentir que estou de facto a mudar de vida e hoje senti isso em coisas verdadeiramente elementares e simbólicas. Tive duas boas conversa sobre uma (aparentemente) “nova” forma de promover a criação e o contacto entre criadores, assente na transposição de alguns princípios do movimento Open Source para os processos de criação e debate crítico e participei na instalação de dois sistemas operativos Linux (um Debian e um Xubuntu) em dois iMac G3 (PowerPC) que fazem parte dum parque de máquinas obsoletas que poderão vir, desta forma, a integrar um laboratório de formação e criação. Ao fim do dia, assinei o The Public Domain Manifesto e o dia pareceu alinhar-se perfeitamente.

Mais notícias em breve.

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Novelas no blog #1: o escândalo Enjoy (Web Designer / iCreate)

Em Dezembro de 2007, aquando do lançamento da revista Web Designer, pela Enjoy (a mesma editora da iCreate), escrevi sobre aquilo que me pareciam falhas elementares da revista, que poderiam pôr em causa, de forma desnecessária o seu sucesso editorial. Longe de mim pensar que esse artigo iria dar origem a uma das mais longas trocas de comentários e que a situação das duas revistas editadas pela Enjoy chegaria a um ponto tão deprimente. Neste momento, esse artigo conta com mais de 100 comentários, na sua esmagadora maioria de leitores e ou assinantes das duas publicações, em claro litígio com a editora, que não foi capaz de cumprir os seus mais elementares deveres. Para os devidos efeitos, o que se passa neste momento com a Enjoy e com as suas duas publicações, Web Designer e iCreate, é um escândalo inadmissível e merece toda a atenção judicial com que alguns leitores já a terão brindado. Mas, dia-após-dia, chegam aqui mais comentários e, da parte da editora não parece haver nenhum esforço de esclarecer seja o que for ou assumir as suas responsabilidades e, quem sabe, proteger o seu nome e o das suas publicações. E isso é mesmo muito estranho. Já voltei a escrever sobre a gravidade desta situação aqui, mas o arrastar da novela assusta-me: qunato ao comportamento da editora e quanto ao fraco funcionamento dos mecanismos de protecção dos consumidores.

Quanto mais tempo e quanto mais pessoas prejudicadas teremos que descobrir até que alguém encontre uma solução para o problema e obrigue a editora a tomar uma atitude digna?

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Uma tarde de tuning / modding

Nota prévia: em rigor, a tarde foi de modding e não de tuning, mas o espírito é semelhante.

O meu Power Mac G4 Quicksilver é a minha máquina de estúdio há bastantes anos (começam a ser demasiados) e, apesar da idade, tem sido um fiel companheiro. Acho que o comprei no ano em que foi lançado, 2001, e a primeira modificação que lhe fiz foi um muito básico upgrade de RAM. Isso, assim como a instalação sucessiva de discos (tem 3 discos internos, neste momento), a substituição da Superdrive de origem por um gravador de DVD mais rápido ou a instalação de uma placa de expansão PCI com 4 portas USB 2.0— que com o USB 1 de origem já não me safava— são operações que, apesar de não serem elementares para muitos Mac users, pouco habituados a mexer nas entranhas das suas máquinas, não se podem considerar modding. A propósito: é curioso pensar que, provavelmente, há menos gente a fazer alterações nas suas próprias máquinas (mesmo as mais elementares) entre os Mac users, apesar de muitas máquinas, como a minha, serem de manipulação muito mais simples do que muitas caixas de PC. Ou será que isso é só um preconceito e a estranheza relativamente ao funcionamento interno do hardware é tão presente entre utilizadores de Mac’s e o resto do mundo?

Adiante… com a mudança de instalações e a montagem do estúdio numa sala maior e completamente vazia, com todas as superfícies a reflectir som, o ruído (a)normal de funcionamento do Power Mac, que com a idade tem piorado, tornou-se insuportável. As causas do problema são conhecidas e algumas soluções também, umas mais radicais que outras, umas mais mirabolantes do que outras… Ponderei longamente e, não me sendo fácil proceder à substituição de todas as ventoinhas do computador ou à troca da fonte de alimentação ou outros componentes mais ruidosos, decidi fazer, pelo menos, a alteração mais evidente: a remoção da 2ª protecção da ventoinha da fonte de alimentação, que, estando desalinhada relativamente à 1ª, provoca um dos ruídos mais evidentes. Isso fez-me desmontar muito mais componentes do que alguma vez tinha desmontado em qualquer máquina e, pela primeira vez, fiz um modding verdadeiro. Confesso que o fiz por estar a dar em doido com o ruído e por me parecer ridículo não agir, mas tive que ter alguma coragem para cortar a dita protecção. Além dessa alteração, experimentei mais algumas coisas simples e percebi que um dos ruídos mais chatos na minha máquina é produzido por vibração da protecção de borracha da ventoinha do CPU, mas as soluções propostas não o resolvem (remoção de parafusos de fixação da ventoinha à protecção, cobertura da abertura extra ou atilho de fixação no corpo de borracha). No caso da minha máquina, esse ruído (uma espécie de aceleração cíclica), só se reduz apertando o mais possível a ventoinha contra o painel traseiro, ou seja, apertando os parafusos que seguram a ventoinha no sítio. Fiquei-me portanto pela alteração na traseira da fonte de alimentação, por uma limpeza geral e por uma revisão de alguns parafusos chave na fixação dos elementos sujeitos a maior vibração.

A alteração reduziu o ruído, mas a diferença é bastante ténue e acabou por ser mais um processo psicológico de saber que estava a fazer o que podia para ter melhores condições no estúdio. As diferenças reais, audíveis para toda a gente, são as que fiz na disposição do equipamento, afastando-me o mais possível das superfícies mais reflectoras. Até porque as diferenças que contam a sério e que garantem que posso gravar vozes nesta sala (na qual o zumbido do computador é o menor dos meus problemas), tinha-as feito na semana passada quando instalei uma protecção adicional para os microfones.

Mas, como vêm, a adrenalina do modding, ainda que modesto e estritamente funcional, é bem maior do que a aquisição de equipamento: até me faz quebrar o silêncio aqui no blog.

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iPhone em Portugal pela Vodafone

O Pedro Aniceto chama a atenção para o anúncio da Vodafone, mas a questão do “quando” permanece. “Later this year” será exactamente o quê?

Eu continuo sem saber exactamente o que pensar do iPhone, se querem que vos diga. Mas, se pensar no meu quotidiano e no tipo de uso que dou ao meu telemóvel, aos computadores e até ao iPod que me foi oferecido nos anos 🙂 , não sei mesmo o que faria com um gadget daquele tipo. Não me faz falta nenhuma das suas funções, mas, bem sei que essa não é a primeira questão que passa pela cabeça de quem o deseja e foi por isso mesmo que foi assim concebido.

Mas,

Recognizing the need is the primary condition for design.

Foi Charles Eames que o disse e se o for repetindo regularmente talvez evite pensar muito nisto. 😉

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iCreate: a gota de água

A minha opinião acerca da iCreate nunca foi das melhores (e a associação à WebDesigner não me deu motivos para pensar que melhoraria), mas a presença do Pedro Aniceto fez-me manter a ténue esperança de que as coisas haviam de melhorar. O conteúdo do último editorial e, precisamente, a forma como trataram o Pedro Aniceto faz-me arrepender amargamente de ter sequer assinado a revista e ponderar a possibilidade de dedicar alguns minutos do meu tempo a fazer publicidade negativa desta e doutras publicações da Enjoy. Mas acho que não vale a pena: eles parecem bem capazes de tratar disso sozinhos.

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Acontece aos melhores

Packman Lucas computer errorA Packman Lucas é uma empresa de topo, com uma série de trabalhos impressionantes e inovadores na concepção de estruturas. Mas quando passámos na montra deles, um daqueles crípticos erros do Windows (mas sem a piada destes ou destes) tinha bloqueado o monitor de apresentação do portfólio.

Para quem passava, tinha alguma piada, mas gostava de ter visto a apresentação dos trabalhos da empresa.

Não digo que se usassem Mac’s não teriam problemas, mas eu talvez não tivesse tirado a fotografia. 😉 E daí, acho que tirava, por ser uma raridade! 😉

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How little is too little?

Comparação de tamanhos dos écrãs dos novos iPods

A última aparição do Steve Jobs, como toda a gente sabe, foi para apresentar novos iPods e uma nova versão do iTunes. Estas apresentações, com o pano de fundo dos gritinhos e das palmas a despropósito envergonham-me sempre um bocado, como Mac User que sou, mas sigo-as com alguma atenção. Neste últimos caso houve 2 coisas em particular que me irritaram:

o início em que o Steve Jobs diz que vai falar sobre música e o entusiasmo de todos os presentes com o vídeo no novo nano, cujo mote é “a little video for everyone”.
Se há coisa que é verdade é que este nano é “little”, mas qual é o interesse real de fazer o écrã com a maior resolução que a Apple alguma vez usou (204ppi) se aquilo tem 4cm x 3cm? Alguém vê vídeo numa superfície desse tamanho?

How little is too little?

PS: Já os 160GB do iPod classic… isso sim parece ter alguma utilidade.