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Biométricos Rua (última semana)

Esta é a última semana para experimentar a 1ª parte da 44ª criação do Visões Úteis: Biométricos Rua.

Até ao dia 1 de junho, o público pode dirigir-se ao Espaço Montepio, na Avenida dos Aliados, e requisitar um smartphone que contém a aplicação “Biométricos Rua”. Cada espetador é então desafiado a escolher um percurso para ligar um conjunto de Estações obrigatórias, espalhadas pelo centro do Porto. Para concluir o desafio, deverá validar os códigos QR Biométricos que aí encontrará. O percurso é monitorizado por GPS e condiciona a banda sonora ouvida a cada momento.

Existem pontos extra que podem ser obtidos validando códigos específicos nos locais assinalados no mapa: Pontos de Esforço, em trechos que implicam especial esforço físico ou desvios ao percurso mais direto, e Pontos de Calma, onde a localização dos códigos é obtida mediante especial atenção às indicações fornecidas na banda sonora.

Se concluir o desafio, o espetador poderá inscrever o resultado da sua performance num ranking onde o tempo de realização do percurso e o total de pontos recolhidos determinarão a sua posição.

Não há um percurso lógico, não há uma velocidade certa. É o espetador que escolhe o caminho e o grau de esforço físico que quer dedicar ao desafio.

Biométricos Rua – 17 de maio a 1 de junho / Espaço Montepio
Avenida dos Aliados nº90, das 11h às 17h (horário da última saída)

Coprodução: Visões Úteis / Fundação de Serralves; Apoio Financeiro: Porto Lazer

  • Direção: Ana Vitorino, Carlos Costa e João Martins
  • Cocriação: Inês de Carvalho
  • Leitura Vídeo: Alexandre Martins
  • Imagem: João Martins / entropiadesign
  • Coordenação de Produção: Marina Freitas

Biométricos Rua

  • Concepção e interface da aplicação, banda sonora original e sonoplastia: João Martins
  • Programação: Óscar Rodrigues (Digitópia/Casa da Música)
  • Textos: Ana Vitorino, Carlos Costa e João Martins e entrevistas com Alexandre Viegas, António Fonseca, Conceição Martins, Ester Alves e Isabel do Carmo
  • Interpretação: Ana Vitorino, Carlos Costa, Inês de Carvalho, João Martins, José Carlos Gomes e Marina Freitas e ainda Alexandre Viegas, António Fonseca, Conceição Martins, Ester Alves e Isabel do Carmo

Com citações de Alberta Lemos, Carlos Sá, Filippo Tommaso Marinetti, Hugo Ball, La Fontaine por Curvo Semedo e Marion Bartoli. A banda sonora inclui registos de ensaio do NEFUP, de situações em contexto de trabalho e desporto, e um excerto da transmissão de uma partida de ténis entre Michelle Brito e Maria Sharapova.

 

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Theo Angelopoulos

Theo Angelopoulos no seu escritório, em Atenas

Em Maio de 2001, o Visões Úteis esteve no escritório de Theo Angelopoulos, em Atenas. Estávamos a construir um espectáculo sobre a Europa, sobre as Fronteiras, sobre Heróis… O espectáculo chamou-se “Orla do Bosque” e é, muito provavelmente, uma das criações mais significativas para a maior parte dos envolvidos e, quem sabe, para algum do público. O processo de criação, novo e arriscado, valeu ao Visões a perda de apoios institucionais importantes e foi documentado num site específico, um “blog” de viagem, antes dos blogs ou das viagens estarem na moda. Deu origem também a um ensaio, publicado na altura pelas já extintas Quasi Edições.

Theo Angelopoulos, a par de Tonino Guerra e Daniel e Nina Libeskind, foi uma das figuras que mais me marcou nesta viagem.

Theo Angelopoulos morreu esta terça-feira. Fará falta à Europa.

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Monstros de Vidro

Monstros de Vidro, cartaz de João Guedes

Monstros de Vidro é o nome da nova criação do Visões Úteis, que estreia no Teatro Carlos Alberto, no dia 25 de Novembro (porque a 24 estaremos solidários com a Greve Geral), ficando em cena até 4 de Dezembro, apresentando-se depois no TAGV, em Coimbra, e no Estúdio PerFormas, em Aveiro.

Assino, como habitualmente, a banda sonora original e sonoplastia do espectáculo, além de assegurar elementos gráficos e audiovisuais que integram o espaço cénico e a dramaturgia.

E é aqui que começamos a perguntar: se perdermos o controlo e nos espatifarmos lá em baixo, como é que estar dobrado para a frente com as mãos sobre a cabeça me vai salvar a vida? E se isto não me salva a vida, porque é que eles querem que eu me ponha nesta posição?

Porto – Teatro Carlos Alberto (acolhimento Teatro Nacional S. João)

24 Novembro
Estreia adiada devido à Greve Geral / Concentração pela Cultura às 21h30 no Teatro Carlos Alberto

25 de Novembro a 4 Dezembro
Quarta a Sábado: 21h30
Domingo: 16h

Monstros de Vidro

40ª criação Visões Úteis

texto e direção Ana Vitorino, Carlos Costa
cenografia e figurinos Inês de Carvalho
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz José Carlos Coelho
elementos gráficos e audiovisuais entropiadesign
co-criação Ana Azevedo, Nuno Casimiro, Pedro Carreira

interpretação Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Pedro Carreira e ainda Inês de Carvalho
voz-off Alice Costa

Próximas apresentações:

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Oportunidades desperdiçadas

Os audiowalks Viagens com Alma, que o Visões Úteis criou para 4 locais geridos pela Diocese do Porto, são também uma forma de propor novas relações com o património construído e com os locais religiosos e têm uma forte componente de captação de pessoas / público para os locais e para a dinamização de relações mais entusiasmadas com o património. Também por isso se apresentam versões em inglês e se procuraram soluções logísticas adequadas à integração com propostas “turísticas” e se manteve sempre presente uma variedade de públicos maior do que a que seria expectável para um audiowalk “puro”.

Recebi indicações, desde a abertura ao público, de que alguns dos locais nem sempre acautelaram a realização dos audiowalks nos horários previstos, confirmando algumas suspeitas com que fiquei na fase final de implementação de que os objectivos desta intervenção não eram claros e/ou partilhados por todos os intervenientes. É hoje público que, durante o mês de Agosto, 2 dos locais vão encerrar a possibilidade de se fazerem os audiowalks, ficando os restantes 2 numa situação algo imprevisível.

Eu não aprecio particularmente a sensação de trabalhar para gavetas (vide Os Ossos de que é Feita a Pedra). Não sei quantas pessoas poderão ter tido a experiência das Viagens com Alma e nem sei bem de que forma é que esta situação se poderia evitar, Mas parece-me algo evidente que o encerramento durante o principal mês de férias dum projecto que tem esta componente de “turismo cultural”, chamemos-lhe assim, é um reflexo do pouco que mudámos na nossa relação com a cultura e com a sazonalidade.

Pessoalmente, e no contexto da minha relação com o Visões Úteis, estou disponível para o que for preciso para garantir que o maior número de pessoas tem contacto com esta obra no seu estado original: no percurso. Infelizmente, tal não depende só da nossa vontade ou da vontade do público, já que alguns dos espaços atravessados não estão permanentemente abertos ao público.

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Odo @ Santo Tirso

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Odo @ Santo Tirso, um álbum no Flickr.

Uma nova versão do Odo estará agora disponível em Santo Tirso, no contexto do projecto Viagens com Alma.

Esta nova versão foi reconstruída apenas em HTML5 e a interacção depende da manipulação dum teclado numérico. Vão lá experimentar e digam qualquer coisa.

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Ideias ao Vento

Esta semana que passou o Visões Úteis esteve em viagem, pela rota de D. Quixote, em terras de Castilla La Mancha: Alcazar de San Juan, Campo de Criptana, onde o mítico cavaleiro enfrentou os gigantes moinhos de vento, El Toboso, a casa de Dulcineia, Consuegra, terra de moinhos e castelos…

Aqui ficam algumas imagens dessa viagem:

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Meet ODO

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Boom & Bang em Aveiro

Boom & Bang, a 35ª criação do Visões Úteis vem ao Teatro Aveirense no próximo dia 9 de Junho. São duas sessões: uma à tarde, para escolas e sujeita a marcação via Serviço Educativo do Teatro, outra à noite, para o público em geral. Como é véspera de feriado, há menos desculpas para não ir ver.

Boom & Bang, 35ª criação Visões Úteis
dia 9 de Junho no Teatro Aveirense

Boom & Bang, logotipo

São contributos teatrais para a compreensão da crise mundial, que o Visões adaptou a um formato portátil que tem circulado com grande sucesso em variadíssimos espaços pelo país (1, 2, 3, 4).

Boom & Bang
a partir de “The Power of Yes” de David Hare

Isto é uma nova espécie de socialismo. É o socialismo para os ricos. Para os outros está tudo na mesma. Só para os bancos é que há socialismo. O resto do pessoal continua tão à rasca como dantes. E é nesta altura que começamos a sentir uma certa sensação de injustiça, ou não é?

[youtube width=”425″ height=”335″]http://www.youtube.com/watch?v=UD26ulGiUpI[/youtube]

  • dramaturgia e direcção: Ana Vitorino e Carlos Costa
  • banda sonora original e sonoplastia: João Martins
  • desenho de luz: José Carlos Gomes
  • interpretação: Ana Vitorino, Carlos Costa e Pedro Carreira
  • projecto fotográfico: Paulo Pimenta
  • coordenação técnica e operação: Luís Ribeiro
  • produção executiva: Joana Neto
  • assistência de produção: Helena Madeira
  • design gráfico: entropiadesign a partir de imagem de Ricardo Lafuente
  • produção: Visões Úteis
  • duração aproximada: 50 minutos
  • classificação etária: M12
  • informações
    Visões Úteis: 22 200 61 44 | mail@visoesuteis.pt
    Teatro Aveirense: 234 400 920 | info@teatroaveirense.pt

Sobre o projecto

Na sequência da crise económica que explodiu em Setembro de 2008, o National Theatre (Londres, Inglaterra) encomendou ao dramaturgo David Hare uma peça de teatro que se confrontasse com a referida situação e com os seus protagonistas. E desta forma David Hare dedicou vários meses não só ao estudo da situação mas também a entrevistas pessoais a banqueiros, economistas, especuladores, investidores, administradores, enfim, a todos aqueles que conheciam a história por dentro, desde que, naturalmente, estivessem dispostos a contá-la. O resultado final foi um texto rigoroso e complexo – em que se recusa qualquer desejo excessivo de dramatização e se procura antes contar uma história de ambição e ganância – intitulado “O poder do sim”, e bem a propósito sub-intitulado “Um dramaturgo tenta compreender a crise financeira”, cuja estreia mundial aconteceu, precisamente, no National Theatre de Londres, em Setembro de 2009.
Na versão do Visões Úteis “O Poder do sim” apresenta-se vocacionado para um contacto muito próximo com o público, através do trabalho de 3 actores que convocam uma pluralidade de protagonistas da crise financeira, sem esquecer uma imprescindível aproximação à realidade portuguesa, no que podemos classificar de um espectáculo extremamente divertido, apesar de não ter piada nenhuma! Ou por outras palavras, uma tragicomédia financeira completamente enraizada no nosso aqui e agora.

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A Comissão: assustador!

O que me parece mais extraordinário n’A Comissão é que os momentos mais cómicos e as intervenções mais ridículas são citações reais de pessoas “sérias”, em contextos e locais “sérios”, em circunstâncias muitas vezes “graves”. Episódios passados em salas de reuniões, como aquela em que a peça acontece, ou mesmo em locais mais públicos e solenes, como as Comissões e Audições Parlamentares. Episódios a que assistimos todos via comunicação social, na maior parte dos casos. E a realidade, mais uma vez, supera a ficção e é isso que nos faz rir, mas nos assusta, ao mesmo tempo: “é que é mesmo assim!“, dizia algum do público com mais experiência nestas andanças.

Visões Úteis está, por isso, de parabéns: é que espectáculos assim alteram a forma como cada um de nós olha para o que nos rodeia. Acredito mesmo que será difícil a qualquer espectador d’A Comissão conter o riso quando ouvir ou ler um desses personagens da vida real que nos explica que devemos ter “confiança e avançar, sem medo, juntos“, ou tenta demonstrar, com termos técnicos, de preferência em inglês, porque é que o trabalho deles é tão importante, mesmo que ninguém perceba o seu processo, conteúdo ou efeito.

Como este, por exemplo:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XcnXMyGS0Xo[/youtube]

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“A Comissão” estreia a 27 de Maio

A Comissão, cartaz de entropiadesign a partir de imagem de Ricardo Lafuente

A COMISSÃO

36ª Criação Visões Úteis

27 de Maio a 5 de Junho 2010
Hotel Dom Henrique, Porto

Terça a Sábado às 22h00
Domingo e Segunda às 18h30, integrado no 33º FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica

Uma bem humorada reflexão acerca dos actuais mecanismos de decisão política e económica, nomeadamente em Portugal e na Europa.
Apresentado na sala de um Hotel onde uma Comissão se reúne, o espectáculo questiona a linguagem utilizada pelos decisores políticos enquanto mecanismo de exercício de poder e domínio.
Espécie de Lado B do recentemente estreado “Boom & Bang” onde abordámos as circunstâncias que levaram à crise financeira que atravessamos, “A Comissão” enquadra-se no desenvolvimento do projecto artístico do Visões Úteis, num cruzamento constante entre os temas que fazem o nosso aqui e agora e a procura de linguagens performativas contemporâneas.

  • Texto e Direcção: Ana Vitorino e Carlos Costa
  • Colaboração na Dramaturgia: Nuno Casimiro
  • Figurinos e Adereços: Inês de Carvalho
  • Banda Sonora Original e Sonoplastia: João Martins
  • Desenho de Luz: José Carlos Gomes
  • Infografismo e Audiovisuais: João Martins / entropiadesign
  • Projecto Fotográfico: Paulo Pimenta
  • Coordenação Técnica: Luís Ribeiro
  • Produção Executiva: Joana Neto
  • Assistência de Produção: Helena Madeira
  • Design Gráfico: entropiadesign a partir de imagem de Ricardo Lafuente
  • Interpretação: Ana Vitorino, Carlos Costa, Pedro Carreira e ainda Joana Neto e Luís Ribeiro com a participação especial (em vídeo) de Nuno Casimiro, João Teixeira Lopes, José Pinto da Costa, Miguel Guedes, Alice Costa, Carolina Gomes, Raquel Carreira, Ana Azevedo, João Martins e José Carlos Gomes
  • Produção: Visões Úteis
  • M12 | 80 minutos
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