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Vamos fazer um brainstorming?

Hoje avisei-vos dum espectáculo que vai acontecer hoje. O que é irritante, não é?

Mas porque é que só agora é que aviso? Porque só agora é que soube. E isso é relevante? É, porque não me canso de espantar com as dificuldades de comunicação na área da cultura. Mas como é que eu saber ou não é relevante para avaliar de eventuais dificuldades? Se calhar o problema é meu… Se calhar é, mas também é verdade que se uma pessoa com os meus hábitos, a minha “predisposição” e a minha ligação ao meio (fui eu que pus o trailer de A Boneca no YouTube, por exemplo) se deixa surpreender por informação desta, o que acontecerá a pessoas mais “afastadas”?

Mas que dificuldades são estas? Por um lado, não há público, por outro, o público queixa-se de falta de divulgação, e por outro ainda, há quem ache que isto tudo é uma “pescadinha-de-rabo-na-boca” porque alguns eventos, sem divulgação de maior, têm na mesma público e são esses, precisamente, que parecem “criar” públicos.

Será que não há mesmo nada a fazer?

Sem querer estar a ser insistente ou irritante, proponho que se faça aqui mesmo um pequeno brainstorming, sobre o exemplo do Teatro Aveirense (espero que não em levem a mal e possam aproveitar algumas sugestões), para encontrar propostas concretas para melhorar a visibilidade da programação do Teatro.

Eu inicio com três propostas simples relacionadas com a presença online e peço a todos os leitores que se pronunciem  sobre estas e contribuam com outras seja para que meios for.

Inscrição na mailing list do Teatro Aveirense é confusa

SUGESTÃO 1: UM MAILING MELHOR
Simplificar e pôr a funcionar uma mailing list/newsletter de subscrição fácil e óbvia. Tentei subscrever a “mailing list” anunciada no site várias vezes e nuncarecebi informação nenhuma por esse meio. Agora vejo uma notíca com um novo sistema de subscrição de newsletter. “Consolida, filho, consolida… O que é preciso é consolidar”, já dizia o Zé Mário Branco no FM. 😉
A divulgação via e-mail funciona muito bem se for pensada em termos de periodicidade e especificidade, na minha opinião. Um mailing da programação trimestral, por exemplo é uma boa base, que, com acrescentos ou adendas semanais ou quinzenais pode ser uma óptima ferramenta. Fundamental, na minha opinião, é que se faça um tratamento tão sistemático como possível de todos os eventos. Há vários exemplos de mailings nesta área que me parecem funcionar bem: a newsletter do Visões Úteis (que conheço na óptica do editor) ou os mailings do Mercado Negro ou do Cineclube de Aveiro (que conheço na óptica do subscritor) são simples e acho que eficazes, por ser elementar a subscrição, por haver correpondência entre mailings e conteúdos dos sites e por ser fácil reenviar ou reutilizar (o reenvio e reutilização para blogs, por exemplo, é um dos grandes trunfos dos mailings bem feitos… por isso nada de mailings só imagem ou em formatos estranhos: deve ser sempre possível a leitura em texto simples!).

SUGESTÃO 2: GO VIRAL!
Entrar pelas redes de social networking é uma “seca”, mas os benefícios podem ser bem superiores à chatice. Quase todas as redes têm funções de partilha de agendas, boletins, divulgações, etc. Como as pessoas são muito preguiçosas, ir às redes onde elas já estão pode ser uma das melhores formas de garantir que a informação está a passar. E a ideia do “viral” é muito verdadeira: o principal trunfo destas abordagens é que depois da informação começar a circular, dependendo da topologia e funcionamento das redes, pode rapidamente chegar a grandes quantidades de gente, duma forma relativamente sectorizada. MySpace, hi5, Last.fm para a música… as opções são muitas e os públicos abrangidos são diferenciados. Estudar o(s) meio(s) e fazer opções pode não ser fácil, mas eu apostaria nos resultados. É claro que mantenho a minha opinião acerca das falhas destas plataformas, mas acho que no contexto duma estratégia de divulgação da programação dum espaço como um Teatro, não deve haver demasiados pruridos na escolha dos suportes.

SUGESTÃO 3: SUBSCRIÇÃO
A preguiça das pessoas faz com que seja fundamental disponibilizar conteúdos que se possam subscrever, para consulta nos “espaços virtuais” que cada utilizador decide frequentar. E há duas coisas que se podem disponibilizar de forma simples:

  1. feed RSS de notícias: pode ser agregado no leitor RSS de cada pessoa, pode ser redistribuído por blogs, portais e outras plataformas e ajuda a trazer visitantes ao site com as novas actualizações
  2. feed RSS/XML/iCAL do calendário: esta é a funcionalidade que a mim, pessoalmente me pareceria mais influente. Manter no Google Calendar, por exemplo, um ou mais calendários partilhados e que podem ser subscritos em várias aplicações (Outlook, iCal, Thunderbird/Lightning, etc…) pode ajudar (e muito!) a manter informação actualizada junto dos utilizadores. E, no caso do Google Calendar é até possível permitir que também o calendário seja embebido em vários sites, blogs e outras plataformas. Se esse calendário existisse, com os eventos do TA (ou doutra entidade ligada à cultura aqui em Aveiro), provavelmente apareceria nas barras laterais de vários bloggers ligados à cidade, assim como nos sites da região.

Estas são as minhas primeiras 3 (e mais simples) sugestões, úteis para o TA ou para outras entidades com os mesmos problemas. E as vossas?