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Sobre processo de design colaborativo: integrar o cliente

A List ApartAs web designers (and developers and information architects, and so on), we have a lot more to offer than making pretty pictures or giant red buttons. Take the reins and change the relationship you have with your clients—become a partner, not a vendor. Including clients in your work can do more to build great working relationships than you might imagine.

É comum ter referências a artigos publicados no A List Apart, ali na barra do lado direito do blog, onde uso o del.icio.us para marcar leituras recentes. Mas, nem sempre os artigos que me marcam mais ficam convenientemente destacados.

Senti isso com a questão da escrita na web, a que dei destaque num post, e acho que este artigo da Sarah B. Nelson sobre o papel dos clientes nos processos de design e sobre as formas de gerir processos colaborativos merece também algum destaque.

O artigo em si não apresenta nada de verdadeiramente explosivo ou revolucionário, mas como é comum dar por mim em situações em que há uma grande confusão acerca de como se articula a relação entre um designer-projectista e um cliente e como já senti na pele as vantagens e as desvantagens da aposta na ideia da parceria, acho que vale a pena para ler, reflectir e adaptar às várias realidades em que nos vamos mexendo.

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Ergonomia dia-a-dia

Um tipo não dorme as horas todas que precisa e acorda meio estremunhado.
Vai preparar o pequeno-almoço, num esforço de reunir as energias necessárias para começar o dia.
Enche uma taça de cereais, abre o frigorífico e despeja o leite duma marca nova que alguém lá pôs…

Pacote de vinho branco UP que parece um pacote de leite

Só depois de pensar que “Branco” é uma estranha designação para um leite é que repara que acabou de encher a sua bela taça de cereais com vinho branco. 🙁

Numa primeira análise a culpa é do sono, mas pensando bem nisso, que raio de opção é esta de fazer pacotes de vinho que partilham com os de leite não só o material e a dimensão, como o esquema cromático e a composição gráfica geral? Quiseram inovar e fugir do mais tradicional pacote em tons de verde, amarelo ou tintos, com ilustrações de adegas ou parras? E não pensaram que os “clichés” do que são os pacotes das diferentes coisas têm a vantagem óbvia de permitir a sua diferenciação imediata, mesmo quando se está cheio de sono?

É nestas alturas que odeio “criativos”…

De quem é a UP?

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PrintScreen: um agregador português

Não há muitos agregadores de blogues portugueses que eu conheça e que valha a pena consultar.

Foi por isso com satisfação que encontrei o PrintScreen, através do blog do Pedro Aniceto que já me fez descobrir uma série de blogs interessantes. Destaco, por razões óbvias, o blog de Ivo Gomes, que passarei a seguir com atenção.

Vão lá ver se não encontram no PrintScreen (parte d’)aquilo de que andavam à procura:

O Projecto PrintScreen é um portal que agrega o que de melhor se escreve em Portugal, guardando e mostrando as últimas novidades, opiniões e comentários sobre a actualidade nas áreas de ciência, tecnologia, marketing, publicidade e informação.

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Zeldman’s mother has reasons to be proud

[jLanguage default=english][english][/english][portuguese][/portuguese][english]Jeffrey Zeldman greets his mother on the occasion of his reference on Business Week as a “cutting-edge designer” in 2007, mainly for his work as an accessibility guru and evangelist. I believe Mrs. Zeldman has every reason to be proud, since there are a lot of us that respect and acknowledge his son’s positive influence in the business and discipline of web design.

“Props” to Zeldman and to Business Week for understanding the vital importance of accessibility as a design issue.[/english][portuguese]Jeffrey Zeldman cumprimenta a mãe a propósito da referência que a Business Week lhe faz na peça sobre “cutting-edge designers” de 2007, principalmente por causa do trabalho que tem feito em prol da acessibilidade, quer como “guru”, quer como “promotor/evangelizador” (“evangelist” é um termo bastante usado neste contexto em inglês, mas traduzido para português parece adquirir outro sentido…). Acho que a S.ra Zeldman tem todas as razões para se sentir orgulhosa, já que muitos profissionais respeitam e reconhecem a influência positiva que o filho teve e tem tido sobre o negócio e a disciplina do web design.

É preciso dar crédito ao Zeldman mas também à Business Week por perceber a importância vital da acessibilidade como uma questão de design.[/portuguese]

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Acessibilidade alta nos sites portugueses? Importa-se de repetir?

Internet: cego conclui que acessibilidade a sites portugueses é alta
15.06.2007 – 23h34 Lusa, PUBLICO.PT

Um relatório sobre a acessibilidade na Internet em Portugal, elaborado por um cego, conclui que os 200 sites nacionais consultados no estudo têm um índice de acessibilidade considerado alto.

Dentro da categoria relativa à Administração Pública (e-gov), o relatório, inserido na iniciativa “Integra 21”, destaca que os sites das universidades ou politécnicos e dos actuais candidatos à Câmara Municipal de Lisboa “são os mais acessíveis” dentro desta área, tendo registado um índice de acessibilidade “muito alto”.

As restantes categorias e-gov analisadas (juntas de freguesia e serviços financeiros/outros serviços) têm um índice de acessibilidade considerado alto.

A iniciativa “Integra 21” partiu de uma empresa de tecnologias de informação nacional e pretendeu testar o grau de info-inclusão que existe para pessoas com necessidades especiais na sociedade portuguesa, através da avaliação dos níveis de acessibilidade de 200 sítios públicos e privados na Internet.

Fernando Santos foi quem realizou a experiência, tentando fazer a vida diária através da Internet, ao aceder aos sites portugueses a testar.

Fernando Santos falou online com Cavaco Silva

A iniciativa contou com o apoio do Presidente da República, tendo Aníbal Cavaco Silva mantido, ontem, uma conversa online com Fernando Santos, destinada a chamar a atenção para a importância das novas tecnologias da informação para os invisuais e a necessidade de combater a exclusão.

Durante o tempo que durou a iniciativa, foram analisados 200 sites, dos quais 129 da Administração Pública, 55 lojas electrónicas e 16 empresas, tendo o estudo concluído que “o nível de acessibilidde geral de todos os sítios analisados é alto”.

Na análise efectuada às lojas electrónicas, houve várias tentativas para efectuar transacções em 38 sites e destes em apenas quatro o objectivo não foi conseguido – a taxa de sucesso foi de 64 por cento.

Quanto aos sites das 16 empresas portuguesas, o mesmo relatório conclui que a sua acessibilidade também é considerada alta.

Fernando Santos aponta os quatro grandes problemas na consulta online

Aquando da participação nesta iniciativa, Fernando Santos disse esperar que a “experiência pudesse influenciar a forma como os sites são construídos” em Portugal.

Este invisual português, que trabalha na área da informática e está habituado a lidar com a Internet, lembrou, na altura, que a acessibilidade de um site não pode ser medida através da sua elaboração gráfica.

Fernando Santos explicou ainda que as pessoas cegas ou com baixa visão enfrentam, sobretudo, quatro grandes inimigos na consulta online: as imagens não legendadas, os menus que não permitem a utilização de teclado, alguns tipos de apresentações e a inexistência de informação estruturada.

Eu acho importantes todas as iniciativas que alertem para a necessidade de se pensar a questão da acessibilidade on-line como uma questão básica de cidadania e inclusão, mas será que a propaganda, para ter visibilidade e impacto, tem sempre que ser positiva e gentil?

É que se aceitarmos estes resultados obtidos neste estudo (muito sui generis), poderemos ter que concluir que a acessibilidade da net para invisuais em Portugal é maior do que a acessibilidade para utilizadores de browsers e/ou sistemas operativos não dominantes…

Sejamos claros: os níveis de acessibilidade dependem, obviamente, da capacidade real dos utilizadores interagirem com a informação e acederem aos serviços, mas isso está ligado à forma como os standards são implementados nos sites e à qualidade da programação e estruturação. Coisas que, em Portugal, a julgar pelo número de sites “optimizados para IE 5+” ou com “resolução recomendada: 1024×768”, ainda estão muito longe do topo da pilha de prioridades de web designers e programadores activos.

A forma de pensar e testar questões de acessibilidade on-line está bem explicada aqui, mas parece-me que nada disto esteve em causa na elaboração do estudo noticiado pelo Público: parece mesmo que o que foi testado foi a experiência e engenho do informático invisual que, tendo passado no teste a que se submeteu, deixou que os louros fossem cair a mãos alheias.

Só espero que isto seja o início de novas iniciativas, umas viradas para a comunidade de programadores e designers sobre a necessidade de utilizar standards e testar intensivamente e de forma diversificada todos os sites realizados, outras para os invisuais sem experiência na utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação, para que possam usufruir de algumas das técnicas usadas por este informático para poder aceder de forma tão completa a tantos sites.

Só não deixem espalhar demasiado esta ideia de que a net portuguesa se pauta por níveis altos de acessibilidade… parece uma brincadeira de mau gosto.

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iCreate, uma opinião

Para quem não sabe, sou utilizador de computadores Apple Macintosh desde sempre. Não sou fanático, mas reconheço em mim um certo preconceito contra outras coisas e uma postura defensiva, típica em comunidades pequenas, que leva a certas atitudes e comportamentos quase próprios de uma seita ou clube: somos poucos, sentimo-nos incompreendidos e, durante muito tempo, fomos duplamente mal tratados na condição de Mac Users e de portugueses, por não existir Apple Portugal e o importador nem sempre ter um comportamento aceitável (será que isso vai mudar?).

Mas este sentimento de pertença a uma minoria “iluminada” é uma ferramenta poderosa: alimenta uma das mais eficazes e úteis comunidades de utilizadores informáticos que conheço, a mailing list “O Correio dos Outros”, gerida pelo Pedro Aniceto; proporciona momentos de solidariedade e entreajuda raros nos dias que correm; sustenta uma mobilização superior à média no que diz respeito à defesa da dignidade da “nossa” plataforma e a questões de acessibilidade a meios de informação e serviços online, por exemplo… e permite o lançamento de publicações e iniciativas que, por serem “Apple”, têm o patrocínio tácito de uns milhares de utilizadores, uns mais influentes que outros, uns mais recentes que outros (estava agora a pensar no Paulo Querido e a sorrir).

Uma destas publicações que contou de facto com o meu patrocínio tácito, na forma de uma assinatura, por se tratar duma publicação “Apple” e pouco mais, foi a iCreate, “A Revista Criativa dos Utilizadores Mac” que vai já no seu número 6 e sobre a qual ainda não tinha feito nenhum tipo de comentário, com a secreta esperança de ver uma mudança significativa. A verdade é que depois dos primeiros 2 números, que, a custo, li duma ponta à outra, só este 6º número me mereceu de novo esse tipo de atenção e foi só porque tinha 2 viagens de comboio para fazer e andava a ficar com vontade de publicar uma opinião sobre a revista.

Olhei para todos os números, tentei pôr-me no lugar de vários tipos de utilizador, mantive presente a ideia de que o Pedro Aniceto é o editor e, isso, de alguma forma, garante-me que a revista deve estar a prestar um serviço a um grande número de utilizadores, mas a verdade é que, a mim, deixa-me entre o irritado e o aborrecido.

Aborrece-me o “eye candy”, o festival de imagens e clichés gráficos que, mais do que qualquer outra coisa, vai dando razão aos “geeks” que dizem, que os Mac’s são só “look” e pouco mais. A colagem “obscena” a uma imagem “Mac” satura-me tanto ou mais do que os templates de iPhoto, iMovie, iWeb e demais iApps e ponho-me a pensar que, se reconheço utilidade em pôr templates nestas aplicações para que os utilizadores “amadores” possam facilmente produzir resultados apelativos, não percebo porque é que uma “revista criativa” não há-de alocar recursos ao desenvolvimento de ambientes e estruturas igualmente atractivas e eficazes, para mostrar que o que sai dum Mac não tem obrigatoriamente que se parecer com um molde qualquer de Cupertino.
Aborrece-me a sequência de “tutoriais” simplórios e superficiais onde se faz um enorme esforço para que tudo pareça ser feito sem nenhum esforço, sem cruzamento de aplicações, sem aplicação real de nenhum conhecimento disciplinar estruturado. Como criar linhas de baixo no GarageBand, como criar ilustrações com Photoshop CS3, como criar menus de DVDs com iDVD, como… como é que se escreve sobre tudo isto desta forma “leve e fresca” sem que isso seja desvalorizar o conhecimento e experiência de músicos, artista gráficos, designers e todo o tipo de criativos?

Não quero com isto dizer que acho que os meios informáticos de apoio técnico à criação não devem ser democratizados (não seria um utilizador Apple se pensasse de outra forma), mas aflige-me ter à minha frente uma pilha de revistas com “tutoriais” sobre todas estas coisas, explicadas duma forma que roça a leviandade, tendo já que lidar tantas e tantas vezes com pessoas (clientes e parceiros) que acham que fazer coisas no computador é “1, 2, 3 cliques e já está”. Revistas como a iCreate não só não ajudam em nada neste contexto como podem perfeitamente criar problemas noutros. Se eu tivesse um tostão por cada vez que alguém veio ter comigo porque começou (o próprio ou um amigo jeitoso) a fazer uma “coisa simples” (um slideshow, um site, um folheto, um catálogo, uma gravação áudio) e agora só queria que eu “desse um jeito” e “imprimisse, gravasse num CD ou DVD, colocasse online, etc.”
Na maior parte destes casos o trabalho maior está em “desfazer” o que já foi feito e coisas verdadeiramente simples assumem toda uma outra dimensão.

Em muitas áreas técnico-criativas estes problemas são sentidos de forma bem real e acredito que a abordagem da revista pode, muitas vezes, irritar um designer gráfico, um músico ou técnico de som, um editor de vídeo ou um programador web, mas tenho a sensação que cada um destes profissionais deve pensar que, para contrabalançar o “beliscão” dado à sua dignidade profissional, ficou com aqueles truques porreiros para os seus “hobbies” e ninguém é muito prejudicado… mas e se pensarmos no quadro global?

Bem sei que o público da revista não são os “power users” (assim espero) e, por isso, não podemos levar a coisa demasiado a sério. Mas não deveria ser mais claro para todos que assim é?

Além disso há os erros das traduções e parece claro que alguns dos textos não estão a ser revistos por especialistas, ou adaptados à realidade portuguesa: desde a referência aos PhotoBooks a partir do iPhoto, em que se esqueceram de referir que para ter esse serviço em Portugal era preciso “enganar” a Apple Store Espanhola, até à recente tradução dos artigos de GarageBand e LogicExpress em que “bars” são “barras”, em vez de “compassos”… é o tipo de coisa que me faz pensar em quantos erros me poderão estar a escapar nos assuntos que me sejam estranhos. Sou assim.

É claro que a minha opinião não passa disso mesmo, mas ando intrigado para saber se, de resto, os outros Mac Users portugueses estão assim tão fascinados com a revista da “seita”?

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Recomendação de leitura

Não tenho este hábito, mas, talvez por andar demasiado “sensível” a determinadas questões, dou por mim a querer aconselhar a leitura deste artigo a toda a gente que se interessa pela forma como a Web funciona.
Um excerto talvez deixe as coisas mais claras:

The problem I’m describing is a lack of respect for web design as a profession, primarily caused by ignorance. My proposed solution is to educate, by demonstrating that the value you add to the design process comes from using human judgment and experience—in a way that can’t be replaced by streamlined or automated processes.

But why could a robot never do your job? Because machines can’t generalize. An essential element of a web designer’s job is generalization: a human skill that neither computers nor simplistic processes can simulate. In this article I’m going to describe generalization using some examples, explain why it can’t be done by machines, and conclude that talking about it is a powerful way to demonstrate the value of web design.
But why could a robot never do your job? Because machines can’t generalize. An essential element of a web designer’s job is generalization: a human skill that neither computers nor simplistic processes can simulate. In this article I’m going to describe generalization using some examples, explain why it can’t be done by machines, and conclude that talking about it is a powerful way to demonstrate the value of web design.

Jonathan Kahn, in You Are Not A Robot (A List Apart #239)

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HTML e-mail: what’s up?

[jLanguage default=portuguese][portuguese][/portuguese][english][/english][portuguese]Li com o habitual interesse este recente post do Jeffrey Zeldman sobre a composição de mensagens de e-mail com recurso a HTML e CSS. Apesar de partilhar com ele um certo ódio pela esmagadora maioria das mensagens de e-mail formatadas e preferir a eficácia do texto simples, a verdade é que, experiências como a newsletter do Visões Úteis, me fazem acreditar que é possível um compromisso razoável entre simplicidade e impacto gráfico e que com algum cuidado, pondo todas as imagens com links absolutos e alt tags relevantes, sem forçar o download e criando uma versão alternativa em texto simples que permita uma degradação controlada… com esses pequenos grandes cuidados para os quais é fundamental um trabalho de design real e ponderado pode-se criar um objecto de comunicação mais eficaz do que o simples e-mail de texto.
Ou seja, apesar de partilhar com o Zeldman a sua antipatia pelo e-mail formatado em HTML, aceito a sua eficácia e, por isso, não posso concordar com a ideia de que não é uma plataforma para design. Pelo contrário: por isso mesmo, exige dos designers uma maior atenção e cuidado. Outros dos comentários feitos ao post do Zeldman vão nesse sentido, mas uma parte da discussão, sobre técnicas de spam e as relações com o marketing por e-mail baralham um bocado.

O que mais me intrigou no post foi não perceber porque é que alguém que batalha pelos standards e pela correcção do código como ferramentas fundamentais no webdesign, enquanto disciplina do design de comunicação que não deve e não pode ser menorizada, e que, por isso mesmo, nos mostra tantas e tantas vezes como podemos criar e usar código mais eficaz e, muitas vezes, como podemos lidar com as fraquezas e debilidades de algumas ferramentas e suportes, se vira de repente contra uma ferramenta e suporte, “varrendo-a” do horizonte (ou para debaixo da mesa?) e declarando a sua “intocabilidade”… fiquei intrigado e fui lendo os comentários, sempre intrigado e, de repente, seguindo uma das ligações do post original, acho que percebi: com as alterações que a Microsoft faz à forma como o Outlook lê o HTML e considerando a quota de mercado do cliente de e-mail da Microsoft, qualquer webdesigner sério e empenhado (e com trabalho para fazer) leva as mãos à cabeça e dispara um “porra que é demais!”

E lendo as “verdadeiras” razões da Microsoft, só me sai um suspiro e uma incrível vontade de concordar com a totalidade das afirmações do Zeldman, que até há pouco tempo me pareciam radicais.[/portuguese][english]I’ve just read, with the usual interest this recent post by Jeffrey Zeldman about composing e-mail messages using HTML and CSS. Although I share with him a certain amount of hate towards most of the “rich formatted” e-mail and I prefer the lean efficiency of simple text, the truth is that, experiences such as the one I have with Visões Úteis’ newsletters, make me believe that it is possible to find a balance between simplicity and graphical impact and that, with a certain amount of care, such as putting all images as absolute links with relevant alt tags and no need for download, and having an alternative simple text version allowing for graceful degradation… those small great cares to which a “real” and thoughtful design process is required allow you to have a communication object more effective than a simple text e-mail.
I mean, I share with Zeldman his dislike for HTML formatted e-mail, but I can’t deny its efficiency, so, I cannot agree with the notion that e-mail is not a platform for design. On the contrary: that same reasoning demands from designers a greater care and attention. Some other comments on Zeldman’s post point on this same direction, but a great part of the argument gets lost in spam techniques and e-mail marketing disputes.

What puzzled me the most about this post was how someone who fights over standards and clean code as fundamental tools for the practice of webdesign, perceived as a discipline of communication design that can’t and shouldn’t be overlooked, and in the process shows us so many ways to use and create leaner and cleaner code and, often, how to deal with the shortcomings of some of the tools and platforms, suddenly turns against one of those tools and platforms, sweeping it off the horizon (or under the table?), declaring its “untouchability”… I got more and more puzzled as I read through the comments, but then, I followed one of the post’s original links, and I think I got it: with the changes Microsoft is doing to the way Outlook reads HTML, and considering the market share their e-mail client has, any serious and committed (and busy) webdesigner, scratches his sore skull and shouts a sincere “f*ck! I can’t take it anymore!”

Reading Microsoft’s true reasons, all I can do is sigh and suddenly I feel like agreeing with all of Zeldman’s statements, those that I found extreme not that long ago.[/english]

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EED #1

www.eed.com.pt

Encontra-se em preparação o primeiro Encontro de Empresas de Design, que terá lugar no dia 4 de junho, no auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, em Santos.

OBJECTIVO
O objectivo é o de se poder discutir abertamente sobre questões éticas e deontológicas, relacionadas com a actividade das empresas de design. É, também, o de tentar perceber em conjunto com todos as participantes, quais são os pontos de concordância relativamente às práticas que se instalaram no mercado e que se entende poderem ser melhoradas ou corrigidas. Saber se há vontade para fazer um investimento conjunto na análise e divulgação das melhores práticas e tentar inverter alguns vícios instalados.Não se pretende que este seja um encontro em que há convidantes e convidados,
porque dos inúmeros contactos que os organizadores têm feito, detectam-se opiniões consensuais e uma vontade generalizada de regras e mudança.

PROMOTORES
Neste momento já são cerca de 85 o número de empresas promotoras e cada dia que passa outras manifestam a sua intenção de envolvimento. Considerando que esta iniciativa assume uma perspectiva agregadora, solicitamos que qualquer menção que seja feita aos promotores mantenha este espírito, mencionando todas as empresas subscritoras, ou nenhuma.

ORGANIZADORES
Os organizadores desta iniciativa são gonçalo falcão (ideia ilimitada), lourenço lucena (blug . Brand consultants), margarida oliveira (forma, design) e pedro albuquerque (albuquerque designers).

DATAS E LOCAIS
O encontro terá lugar em lisboa no dia 4 de junho, no Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, em Santos e dele constam dois momentos distintos: uma conferência de Blair Enns, consultor canadiano, subordinada ao tema Win without pitching e, posteriormente, a discussão de ideias com o objectivo de redigir e aprovar um documento que permita divulgar as regras comuns de uma actividade nem sempre respeitada e dignificada.

Esta iniciativa parece-me um poderoso sinal de que algumas coisas poderão de facto mudar. Aconselho os interessados a seguir os acontecimentos com atenção e expectativa.
E, em jeito de preparação, a leitura da newsletter de Blair Enns, pode ser um poderoso tónico. Eu, pelo menos, tenho “devorado” os vários volumes, num misto de espanto e inquietação…

Commoditization is the act of turning something of subjective or unrealized value into something of quantifiable value. Inherent in this definition is the implication that the value quantified is subject to the same market forces as are physical commodities. A physical commodity is readily available in large quantities from numerous producers, enjoys little product differentiation from producer to producer, and thus, leaves individual commodity producers largely unable to command a price premium over others. Commodity production is a battle of low-cost producers engaged in an arms race of aggregation and consolidation as they pursue the economies of scale that is often viewed as the only route to competitive advantage, or even survival. If you are thinking this sounds a lot like the agency industry over the last twenty years, you wouldn’t be alone.

Blair Enns, The Win Without Pitching Newsletter | 1.6
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